terça-feira, 22 de julho de 2014

Santa Maria


Dia 19/07 estivemos em Santa Maria. Conversamos com moradores e comerciantes. Ouvi muitas reclamações na área da segurança pública e saúde, bem como sobre a carência de serviços básicos como bancos, cartórios, espaços culturais, centros comerciais etc.

Na mobilidade urbana, fomos retratar a realidade nos deslocamentos daqueles cidadãos. Como em muitas outras cidades, o pedestre não tem vida fácil. As calçadas, quando existem, não são adequadas ao deslocamento, forçando os pedestres caminharem pelas ruas. Encontramos mães levando seus bebês em carrinhos pela via, pois, segundo elas, as calçadas eram estreitas, cheias de obstáculos e desniveladas.


 
Calçada entre as quadras sem iluminação

Andar a noite é perigoso. A iluminação é para quem anda de carro. Entre as quadras não há iluminação adequada. Em determinados espaços, além da iluminação, é possível instalar equipamentos de academia comunitária, por exemplo, facilitando a convivência entre moradores, valorizando a região e gerando maior segurança.

Ponto de parada

Os pontos de ônibus raramente podem ser acessados por calçadas. Quando muito contam com calçadas sem acessibilidade ao longo das vias. Não há informação ao usuário. Na Av. Alagados, existe ciclovias no canteiro central, o que facilita a circulação dos ciclistas, mas é preciso ter cuidado nos retornos, pois a preferência de circulação é do motorista.

Av. Santa Maria: poste no meio de uma faixa de rolamento

Todavia, a grande maioria das pessoas disse estar insatisfeita (e frustada) com o Sistema de BRT, inaugurado recentemente. Determinadas linhas de ônibus que ligavam Santa Maria a diversas áreas do Plano Piloto foram retiradas (ou reduzidas a ofertas de ônibus), forçando os cidadãos a usarem o BRT e realizarem integrações.

Ouvi muita crítica especialmente quanto a baixa quantidade de ônibus disponibilizados nos horários de pico. As linhas alimentadoras chegam ao terminal. Os usuários desembarcam e por lá ficam esperando ônibus articulados do BRT, que chegam a demorar mais de 10 minutos. Assim, o volume de passageiros acumulados é enorme e, quando chega o articulado do BRT, há muito empurra-empurra e desobediência da fila. Muitas usuárias reclamaram da agressividade com que são tratadas na hora de entrar no BRT.

No ônibus o aperto é grande. O conforto passa longe, mesmo com o tal do ar-condicionado. O terminal não atende somente os moradores de Santa Maria, mas também é acessado por moradores de cidades do entorno sul como Valparaíso (Céu Azul), Pedregal, Novo Gama e outras. No horário de entre-pico, as reclamações são quanto a frequência baixa dos ônibus.

É preciso verificar o contrato de prestação de serviços feito com a Pioneira, empresa operadora da região. Verificar se essa baixa oferta de ônibus é em função de um planejamento equivocado (subdimensionamento do sistema) ou se há descumprimento contratual, ou ainda se há algum problema relacionado ao desempenho operacional, no qual os ônibus não conseguem cumprir com seu itinerário em tempo apropriado. 

Adicionalmente, é interessante rever algumas linhas antigas. Conversando com a Fernanda, comerciante de Santa Maria e universitária, ela disse que vai diariamente à faculdade de carro, em período noturno, localizada na L2 Sul. Isso porque o Sistema de BRT não é atrativo (gasta muito mais tempo no deslocamento, além de necessitar andar bastante, pois precisa desembarcar no Eixo Rodoviário). Antigamente, ela ficava mais a vontade em ir de ônibus, pois desembarcava em parada próxima à faculdade.

Quanto a infraestrutura (ligando o terminal de Santa Maria à Rodoviária do Plano Piloto), nos trechos em que realmente há faixa exclusiva ao transporte público, o desempenho é satisfatório, mesmo trafegando a uma velocidade máxima de 60km/h. Mas, no Eixo Rodoviário Sul não há mais exclusividade, prejudicando o desempenho operacional. A maioria das estações ao longo do trajeto ainda não estão concluídas.


Terminal de BRT de Santa Maria

Estacionamento do terminal de BRT

No terminal de Santa Maria ainda persistem obras a serem concluídas e equipamentos a serem entregues, a exemplo de calçadas ao redor do terminal, iluminação para o usuário/pedestre, bicicletários, painéis de informação ao usuário entre outros.

Calçada entre o estacionamento e o terminal

Calçada danificada



Catraca eletrônica

"Bicicletário"

 Placas de informação ao usuário, sem informação


Como visto, há muitas intervenções a serem feitas em Santa Maria. Não se pode basear apenas nos resultados técnicos das simulações feitas em computador que indicam soluções otimizadas. É preciso ouvir as necessidades dos cidadãos. Entender as necessidades das pessoas. Um bom gestor público precisa ser hábil nisso. 

Vamos construir juntos a cidade que queremos! Contem comigo!

Forte abraço,
Higor Guerra

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