sexta-feira, 27 de junho de 2014

Tendências: os Jovens e a Mobilidade Urbana


Prezadas(os),

O que pensam os jovens sobre trânsito, transporte, acessibilidade e mobilidade urbana? Segue abaixo uma interessante matéria sobre o que pensa a geração entre 18 e 24 anos. Percebe-se uma conscientização de soluções que privilegiem o coletivo, a sustentabilidade, a acessibilidade, a democracia e a cidade para o cidadão!

É necessária uma nova Política de Mobilidade Urbana para o Distrito Federal. Uma renovação na forma de pensar os deslocamentos e os potenciais de um Sistema de Mobilidade Urbana. Vamos renovar, vamos fazer a cidade que queremos!

Contem comigo!
Forte abraço!
Higor Guerra


Desinteresse dos jovens por carros preocupa montadora
A geração entre 18 e 24 anos está se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem

Fonte: EMBARQ Brasil
Autor: Maria Fernanda Cavalcanti
Postado em: 09 de abril de 2012
Créditos da foto: Fernando Weno
Publicação: Mobilize Brasil.

Um recente artigo do The New York Times, da jornalista Amy Chozick, é mais uma prova de que os jovens mudaram. A geração entre 18 e 24 anos está se importando mais com os outros e com o mundo em que vivem, superando antigos valores e necessidades de consumo que já não os convencem e, muito menos, os satisfazem. Uma dessas mudanças importantes está no modo com que os jovens se relacionam com a mobilidade.

Há poucas décadas, o carro representava o ideal de liberdade para muitas gerações. Hoje, com ruas congestionadas, doenças respiratórias e falta de espaço para as pessoas nas cidades, os jovens se deram conta de que isso não tem nada a ver com ser livre, e passaram a valorizar meios de transporte mais limpos e acessíveis, como bicicleta, ônibus e trajetos a pé. Além do mais, “hoje Facebook, Twitter e mensagens de texto permitem que os adolescentes e jovens de 20 e poucos anos se conectem sem rodas. O preço alto da gasolina e as preocupações ambientais não ajudam em nada”, diz o artigo.

Para entender esse movimento, o texto conta que a GM, uma das principais montadoras de automóvel do mundo, pediu ajuda à MTV Scratch, braço de pesquisa e relacionamento com jovens da emissora norte-americana. A ideia é desenvolver estratégias adaptadas à realidade dos carros e focadas no público jovem para reconquistar prestígio com o pessoal de 20 e poucos anos – público que tem poder de compra calculado em 170 bilhões de dólares, segundo a empresa de pesquisa de mercado comScore.

Porém, a situação não parece ser reversível. “Em uma pesquisa realizada com 3 mil consumidores nascidos entre 1981 e 2000 – geração chamada de ‘millennials’ – a Scratch perguntou quais eram as suas 31 marcas preferidas. Nenhuma marca de carro ficou entre as top 10, ficando bem abaixo de empresas como Google e Nike”, diz o artigo. Além disso, 46% dos motoristas de 18 a 24 anos declararam que preferem acesso a Internet a ter um carro, segundo dados da agência Gartner, também citados no texto do NY Times.

O que parece é que os interesses e as preocupações mudaram e as agência de publicidade estão correndo para entendê-los e moldá-los, mais uma vez. Só que, agora, com o poder da informação na ponta dos dedos e o movimento da mudança nos próprios pés fica bem mais difícil acreditar que a nossa liberdade dependa de uma caixa metálica que desagrega e polui a nossa cidade.

Jovens brasileiros preferem transporte público de qualidade

Essa tendência de não-valorização do carro já foi apontada também pelos nossos jovens aqui no Brasil. A pesquisa O Sonho Brasileiro, produzida pela agência de pesquisa Box1824, questionou milhares de ‘millenials’ sobre sua relação com o país e o que esperavam para o futuro. As respostas, que podem ser acessadas na íntegra no site, mostram entusiasmo e vontade de transformação, especialmente, frente aos desafios sociais e urbanos como falta de educação e integração.

A problemática do transporte público se repete nos comentários dos internautas no site da pesquisa, que mantém o espaço virtual aberto para todos que quiserem deixar sua contribuição de desejo de mudança para o local em que vivem. A maioria das pessoas que opina enxerga o carro como um vilão que polui e tira espaço da cidade e acredita que a solução está em investimento em transporte público de qualidade. Esse é o desejo dos jovens brasileiros que também já mudaram e agora estão sonhando, mas de olhos bem abertos para cuidar do mundo em que vivem.

Este texto foi publicado originalmente no site The City Fix Brasil, por Maria Fernanda Cavalcanti.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Colabore com a Segurança do Trânsito




Amigas(os),

Temos postando matérias sobre a (in)segurança no trânsito nos últimos dias. Infelizmente nossa cidade passa por sérios problemas sobre o assunto. Várias são as medidas que podem ser tomadas para reduzir o número e a gravidade dos acidentes.

Uma forma de contribuir com esse bom propósito é por meio dos estudos e pesquisas acadêmicas, que irão produzir frutos que poderão subsidiar ações governamentais e projetos de lei. Nessa linha, há um Questionário na internet que visa propor melhorias para a segurança em nossas vias. Eu respondi em 10 minutos e gostei da abordagem. Vale a pena! O questionário é anônimo e confidencial.


Segundo o questionário, o estudo irá "coletar dados demográficos, identificar as percepções dos motoristas sobre os seus próprios “comportamentos” e finalmente determinar o nível de importância que você dá aos comportamentos de risco na via e às ações para melhoria da segurança viária".

Contribua com a segurança do trânsito! A sua experiência e opinião é muito importante! Ajude também a divulgar esse importante trabalho acadêmico!

Forte abraço,
Higor Guerra

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Ciclista morre na EPTG


Amigas(os),

Ontem foi mais um dia triste para uma família, para os ciclistas e para os brasilienses. Um ciclista morreu após ser atropelado. Vejam a matéria do Jornal de Brasília. Na verdade, a foto da metade da bicicleta diz mais do que mil palavras.

Segundo as testemunhas, não houve a prestação de socorro por parte do motorista. Além disso, a EPTG não oferece segurança aos ciclistas. Houve um vultuoso investimento na ampliação da via, mas não houve a priorização ao transporte por bicicleta.  Assim, criamos uma EPTG ("linha verde") cheia de conflitos de interesses entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres, no qual o pedestre, os ciclistas e os motociclistas sempre saem como maiores prejudicados.

É preciso dar um basta nisso! A vida do ser humano em primeiro lugar! Acredito que a sociedade, o governo, a imprensa, todos juntos, devem unir esforços em torno de um trânsito seguro. Sugiro ações integradas e permanentes, no qual possamos ter investimentos na moderação do tráfego, segurança viária, infraestrutura cicloviária (segura e funcional), campanhas de conscientização permanente, entre outras medidas com o propósito da Paz do Trânsito. É fundamental que o governo seja o agente responsável por conduzir o processo, entretanto, a participação de todos é fundamental.

Em 25/04/14, nós publicamos a matéria "Documentário Paz no Trânsito" do Jornalista Hércules Silva, que mostra, por meio de um vídeo, a história que levou Brasília ser reconhecida como capital da faixa de pedestre. Trata-se de uma questão que vai além de fiscalizar o cumprimento da lei: criação de ambiente favorável e mudança de mentalidade. Penso que seja uma interessante caso que possa ser ampliado para promover uma circulação viária mais segura, em especial para pedestres e ciclistas.

Vamos fazer um DF melhor! É possível! #EuAcredito !

Um forte abraço e contem comigo!
Higor Guerra

Se você acredita, ajude a divulgar!



Ciclista morre após ser atropelado, na EPTG
Publicação: Domingo, 22/06/2014 às 12:02:00
Atualização: 22/06/2014 às 12:26:20
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Matéria Original: clique aqui


Um cilcista foi atropelado na manhã deste domingo (22), na Estrada Parque Taguatinga-Guará. O acidente ocorreu por volta das 7h30, em frente ao condomínio Lúcio Costa. A vítima, de 42 anos, morreu no local. 

De acordo com testemunhas, o motorista do Chevrolet Classic preto, fugiu sem prestar socorro. A 4ª Delegacia de Polícia investiga o caso.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Valorizando o caminhar


Prazadas(os),

Muitas vezes pensamos em como solucionar o trânsito, em como melhorar o transporte público coletivo, como tornar o transporte por bicicleta mais seguro entre outros. Entretanto, por vezes, esquecemos que boa parte dos nossos deslocamentos na cidade é feita a pé. 

O artigo abaixo (de Eduardo Vasconcellos e publicado pela Mobilize) mostra interessantes dados sobre o caminhar nas áreas urbanas, inclusive com dados sobre acidentes sofrido em decorrência de calçadas inapropriadas.

Por vezes, falamos aqui neste blog sobre a necessidade de implantação de uma política pública voltada ao pedestre, valorizando o caminhar (confira na Seção Não Motorizado). Desejamos o Programa "Calçadas Novas", e não ficar apenas no Programa "Asfalto Novo", implantado no Distrito Federal. 

Queremos uma cidade para o cidadão, para o ser humano, e não para máquinas! Contem comigo!

Forte abraço,
Higor Guerra

Gostou da ideia? Ajude a divulgar! Vamos fazer a diferença! 

Caminhar nas cidades do Brasil
Eduardo Alcântara de Vasconcellos*
Publicado em 02 de junho de 2014

Nas cidades brasileiras andar a pé é a forma mais utilizada de deslocamento, compreendendo entre 35% e 45% das viagens diárias das pessoas. No entanto, nossas políticas de mobilidade historicamente ignoraram o ato de caminhar.   

A primeira constatação da falta de prioridade para o ato de caminhar é a exclusão legal da calçada do “sistema de mobilidade”, com a atribuição ao proprietário do lote da responsabilidade de construir e cuidar das calçadas. Esta decisão torna explícito o conceito implícito na decisão: o ato de caminhar não é considerado um assunto público, mas privado. Em conseqüência, toda a engenharia viária foi desenvolvida com atenção exclusiva à pista de rolamento dos veículos. Nos projetos de transporte a calçada é não apenas ignorada como não dispõe de método técnico para seu dimensionamento físico, de forma a que seja confortável, segura e compatível com o fluxo de pedestres. Ao contrário dos métodos de dimensionamento de vias de trânsito veicular – que se encontram às centenas na literatura técnica – os técnicos brasileiros não têm nenhuma forma de dimensionar a calçada para acomodar adequadamente o fluxo provável de pedestres. Isto tem o beneplácito geral das pessoas, que em sua maioria aceita a posição do pedestre como cidadão de segunda classe. A calçada é “terra de ninguém” e, portanto, ninguém precisa se preocupar com ela. Como conseqüência, não há nenhuma prefeitura no Brasil que tenha um mapa detalhado de todas as suas calçadas, ao passo que a maioria tem um mapa detalhado de todas as vias para os veículos. 

Nas cidades brasileiras a maioria das calçadas tem condições inadequadas e inseguras para os pedestres, o que foi demonstrado por estudos feitos nas universidades brasileiras e o por organizações não governamentais como o Mobilize. Existe grande variedade de pisos em um mesmo quarteirão, a largura é freqüentemente insuficiente para acomodar os pedestres com conforto, há obstáculos de toda ordem à circulação fluida das pessoas, em terrenos acidentados as rampas de acesso de veículos aos lotes transformam a calçada em uma escada. Na pesquisa do Mobilize feita em 228 ruas de 39 cidades do país a nota final foi de 3,4 em uma escala de 1 a 10. Adicionalmente, a presença de buracos, obstáculos e irregularidades leva a muitos acidentes: um estudo do Hospital das Clínicas de São Paulo feito em 2001 mostrou que 9,5% das pessoas que deram entrada no pronto-socorro eram pedestres que caíram na calçada e uma pesquisa domiciliar feita no estudo IPEA/ANTP sobre custos dos acidentes de trânsito mostrou que ocorriam na Região Metropolitana de São Paulo 91 mil quedas de pedestres em calçadas por ano, com um custo hospitalar de R$ 2.500 por pessoa. A posição secundária do pedestre dentro das políticas de circulação pode ser vista também por um estudo feito nos semáforos de São Paulo, que mostrou que os pedestres encontram 52 situações distintas para atravessar as vias, ao passo que condutores de veículos encontram apenas 11, o que mostra que os cruzamentos foram projetados para condutores de veículos e não para pedestres, dentro da visão tradicional que privilegia os veículos. Pode ser acrescentado que a maioria dos cruzamentos com semáforos no Brasil não têm focos dedicados a pedestres.

Por último, mas igualmente importante, os pedestres não dispõem de sinalização de orientação para os seus deslocamentos. Quem caminha não encontra indicações sobre a direção a seguir para chegar a equipamentos públicos, museus, zonas de comércio, pontos de parada de transporte público  e outros destinos desejados.

Apesar de todos estes problemas, são raros os movimentos individuais ou sociais na defesa dos interesses de pedestres ou ciclistas. Salvo movimentos pontuais, causados por situações específicas (por exemplo, protestos pela interrupção de circulação em áreas de obras), nada de relevante aconteceu em relação a uma atuação política concreta e permanente por parte dos usuários de calçadas. É um caso claro de auto-admissão de cidadania de segunda classe, como se isto fosse natural e justo: para isto, basta lembrar que o pedestre no Brasil, quando atravessa a rua sobre uma faixa de pedestres, agradece o motorista que o deixa passar.

Por todos estes motivos, uma das ações mais importantes que podemos fazer é insistir na discussão do tema, na divulgação de dados e experiências bem sucedidas e na organização das pessoas para introduzir definitivamente o ato de caminhar nas nossas políticas de mobilidade.

*Eduardo Alcântara de Vasconcellos é sociólogo e engenheiro com pós-doutorado pela Universidade de Cornell (EUA), consultor da ANTP - Associação Nacional dos Transportes Públicos
__________________________________
___________________

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Whatsapp e o trânsito


Amigas(os),

Vi este vídeo e achei importante postar aqui. O whatsapp e outros aplicativos de mensagens estão se tornando uma ameaça à segurança do trânsito. Confira o vídeo da Volkswagen também no You Tube, clicando aqui.

Nossa vida (e dos outros) em primeiro lugar! Não há mensagem de texto que seja mais importante do que a própria vida. Compartilhe essa ideia!

Um forte abraço!
Higor Guerra

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Legado da Copa



Amigas(os),

A Copa do Mundo FIFA 2014 começa hoje! O futebol é o esporte mais popular no Brasil e anima muita gente! Verdadeiramente uma festa! Receber o mundial aqui no Brasil foi positivo por um lado, mas também trouxe grandes desafios e um conjunto de exigências da FIFA (que obrigou o Brasil alterar algumas legislações e aceitar muitas questões polêmicas).

No âmbito dessa competição mundial, que irá durar um pouco mais de um mês, foram realizados (e prometidos) diversos investimentos públicos (estádios, aeroportos, segurança, tecnologia etc) nas cidades-sedes (e algumas turísticas). Portanto, cabe a conscientização de que o mais importante com todo esse investimento é o legado que isso irá proporcionar ao povo brasileiro, e não simplesmente o atendimento do evento esportivo da FIFA.

Muitas promessas para a melhoria da mobilidade urbana para a Copa do Mundo não foram concretizadas a tempo da realização dos jogos, por diversos motivos. Aqui em Brasília, por exemplo, o VLT não saiu do papel. Espero ao menos que esses investimentos possam ser concluídos o mais rápido possível, observando o zelo pelos recursos públicos.

Vamos ficar na torcida para que o Brasil consiga mais um campeonato no futebol! Porém, no que se refere a investimentos públicos (especialmente na área da mobilidade urbana), não podemos jamais ficar apenas na torcida, mas realmente ter uma firme participação popular e um efetivo controle social!

Que possamos marcar muitos golaços na mobilidade urbana nos próximos anos! Contem comigo para isso!

Abraço grande!
Higor Guerra

terça-feira, 10 de junho de 2014

Contribuições Rodas da Paz>> Parte 5: VALORIZAÇÃO DO PEDESTRE



Vamos dar continuidade a apresentação das contribuições da ONG Rodas da Paz para melhoria do Sistema de Mobilidade Urbana de Brasília. A Série é composta por 5 partes, conforme os eixos propostos pelo movimento: Mudança de Paradigma de Segurança, Controle Social, Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel, Política Cicloviária e Valorização do Pedestre. Hoje vamos detalhar a última: Valorização do Pedestre!

Abraço grande!
Higor Guerra


Seminário Mobilidade Sustentável 
Contribuições para a elaboração do documento final – Rodas da Paz 
Brasília, março de 2014
E-Mail: contato@rodasdapaz.org.br 
 www.rodasdapaz.org.br 
Documento original

E) VALORIZAÇÃO DO PEDESTRE

⇒ Toda intervenção deve ter em conta as condições de trânsito de pedestres em primeiro lugar. Como isso não foi feito pelo GDF, diversos problemas tem sido documentados pelo uso das ciclovias por pedestres que não tem espaço adequado de circulação. Isso tem levado várias pessoas ao hospital, com ferimentos graves;

⇒ Instalar foco semafórico para pedestres em todos os cruzamentos com semáforo para veículos, preferencialmente com temporizador; 

⇒ Reduzir as vias da cidade que não possuem 1m20cm livre para calçada

⇒ Associar obrigatoriamente instalação de iluminação pública onde for feito requalificação ou construção de calçada e ciclovia; 

⇒ Fazer requalificação linear de quilômetros de calçadas acessíveis, em especial no entorno de faixas de pedestres; 

⇒ Requalificação das faixas de pedestres, a começar pelas cidades satélites mais populosas e retomar a campanha de conscientização sobre a prioridade do pedestre na faixa; 

⇒ Elaboração de critérios para decisão de instalação de passarela elevada, semáforo ou faixa de pedestre, de acordo com tráfego de pedestres, de automóveis e velocidade da via; 

Equipar pontos de ônibus com abrigo da chuva e com disponibilização visual de informação sobre linhas de ônibus.

____________________
___________

Acesse aqui a Parte 1: MUDANÇA DE PARADIGMA DE SEGURANÇA
Acesse aqui a Parte 2: CONTROLE SOCIAL
Acesse aqui a Parte 3: TRANSPORTE PÚBLICO E DESESTÍMULO AO USO DO AUTOMÓVEL
Acesse aqui a Parte 4: POLÍTICA CICLOVIÁRIA

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Parabéns Taguatinga!


Pessoal,

Vamos entrar em um pequeno recesso. Voltaremos na próxima segunda-feira (09/06)!

Aproveito para parabenizar minha querida cidade natal pelos seus 56 anos: Taguatinga! E todos cidadãos que ajudaram a construir essa importante cidade!

Forte abraço a todos!
Higor Guerra

terça-feira, 3 de junho de 2014

Contribuições Rodas da Paz>> Parte 4: POLÍTICA CICLOVIÁRIA




Continuando a apresentação das contribuições da ONG Rodas da Paz para melhoria do Sistema de Mobilidade Urbana de Brasília, vamos hoje detalhar a Política Cicloviária! A Série é composta por 5 partes, conforme os eixos propostos pelo movimento: Mudança de Paradigma de Segurança, Controle Social, Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel, Política Cicloviária e Valorização do Pedestre.

Abraço grande!
Higor Guerra


Seminário Mobilidade Sustentável 
Contribuições para a elaboração do documento final – Rodas da Paz 
Brasília, março de 2014
E-Mail: contato@rodasdapaz.org.br 
 www.rodasdapaz.org.br 
Documento original

D) POLÍTICA CICLOVIÁRIA

O Governo do DF recomendou à população que fosse a pé ao estádio, porém esta área é cercada de grandes avenidas e há poucos pontos de travessia de pedestres definidos para se chegar lá. Também as ciclovias não levam até pontos fundamentais da cidade, como o estádio, que não tem paraciclos seguros. Visando superar esses limites, as sugestões abaixo listadas vêm sendo apresentadas ao GDF repetidamente nos últimos anos: 

⇒ Encaminhamento das contribuições da sociedade civil: é necessário ouvir aqueles que utilizam a bicicleta no dia a dia e dar respostas satisfatórias as contribuições e sugestões de melhorias; 

⇒ Garantir a circulação segura de bicicletas e outros veículos não motorizados em todas as vias da cidade, não apenas através de construção de infraestrutura específica (como ciclovias, ciclofaixas e calçadas compartilhadas), mas também através da promoção de medidas que facilitem o compartilhamento da via com os demais veículos; 

⇒ Tratamento dos pontos de conflitos: garantir prioridade com fluidez para as bicicletas nas travessias de vias não semaforizadas (conforme o artigo 214 do Código de Trânsito Brasileiro) por meio de estrutura, campanhas educativas e fiscalização. A decisão de marcação do sinal de PARE voltado ao ciclista tem caráter político e não técnico e, caso permaneça, constitui uma demonstração da negligência dos órgãos responsáveis por uma política adequada de segurança cicloviária – é recomendado que, como em diversos lugares no mundo e no Brasil (Rio de Janeiro ou Curitiba) haja um tratamento adequado de tais pontos; 

⇒ Definição no Plano Diretor de uma rede estrutural de transporte cicloviário articulada aos demais modais de transporte urbano, equipamentos públicos e centralidades; 

⇒ Mudança das metas: atualmente centradas na quilometragem de ciclovias, as metas devem visar o
aumento do número de usuários e a redução das mortes e colisões;

⇒ Definição de diretrizes, componentes e ações estratégicas para o sistema de circulação de bicicletas e pedestres e garantir fonte de recursos para implementação de infraestrutura cicloviária e voltada a pedestres;

⇒ Realização de estudos: a contagem de ciclistas e os estudos do tipo origem-destino e caracterização de colisões envolvendo ciclistas são fundamentais para a redefinição das metas do plano cicloviário;

⇒ Realizar a conexão, hoje inexistente, das rotas cicláveis, permitindo acesso rápido, fácil e seguro entre as cidades e às áreas de trabalho, cultura e lazer; 

⇒ Priorização de uso de recursos para regiões carentes: há atualmente uma inversão de prioridades. Apesar de praticamente não haver acidentes graves em relação a outras cidades do DF, o plano piloto receberá uma quantidade muito maior de ciclovias com um custo muito superior as ciclovias das demais cidades. Deve-se, no entanto, dar mais atenção às cidades onde se encontra a população de baixa renda, que mais utiliza a bicicleta como meio de transporte e onde há maior risco de atropelamentos, como EPTG, Estrutural e outros; 

⇒ Aplicação dos recursos provenientes de multas efetivamente em campanhas educativas de massa; e inclusão na formação dos condutores de automóveis noções da legislação referente ao papel da bicicleta como meio de transporte, seus direitos e deveres; 

⇒ Implementação de alterações efetivas no trânsito do Parque da Cidade, reduzindo limites de velocidade e ampliando o espaço para circulação de bicicletas tanto para transporte com para treino.
____________________
___________

Acesse aqui a Parte 1: MUDANÇA DE PARADIGMA DE SEGURANÇA
Acesse aqui a Parte 2: CONTROLE SOCIAL
Acesse aqui a Parte 3: TRANSPORTE PÚBLICO E DESESTÍMULO AO USO DO AUTOMÓVEL