terça-feira, 29 de julho de 2014

#NovaPolíticaDeMobilidadeUrbana


Amig@s,

Tenho andado e conversado com muitas pessoas em diversos lugares do DF. O deslocamento em nossa cidade já está um caos e a tendência é só piorar. Precisamos de uma nova política de mobilidade urbana para o DF urgente! Queremos mais qualidade de vida e mais tempo com nossos familiares (e menos tempo dentro de carros e ônibus).

Quando entrei na política, meu compromisso que fiz com o Deputado Federal Reguffe (um dos poucos políticos sérios e honrados deste país) foi elaborar uma proposta concreta de atuação de forma a melhorar a circulação em meio urbano, baseado na Política Nacional da Mobilidade Urbana e em boas práticas. Nesta matéria, seguem os princípios, diretrizes e objetivos defendidos.

Princípios: A política e o programa governamental de mobilidade urbana para o Distrito Federal possui os seguintes princípios:
  • a aderência com o PDOT e PDTU do DF;
  • a fundamentação no Estatuto das Cidades e na Lei da Mobilidade Urbana;

Especificamente à política setorial de mobilidade urbana, se defende como princípios:
  • a acessibilidade universal;  
  • o desenvolvimento sustentável das cidades, nas dimensões socioeconômicas e ambientais;   
  • a equidade no acesso dos cidadãos ao transporte público coletivo;   
  • a eficiência, eficácia e efetividade na prestação dos serviços de transporte urbano;   
  • a gestão democrática e controle social do planejamento e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana;
  • a segurança nos deslocamentos das pessoas;
  • a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do uso dos diferentes modos e serviços;   
  • a equidade no uso do espaço público de circulação, vias e logradouros; e   
  • a eficiência, eficácia e efetividade na circulação urbana.

Diretrizes de uma Nova Política de Mobilidade Urbana para o DF:
  • a integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais de habitação, saneamento básico, planejamento e gestão do uso do solo entre outras;  
  • a articulação com entes federativos envolvidos na RIDE-DF, com foco no desenvolvimento integrado da região mediante a organização e coordenação de um sistema de mobilidade urbana que garanta adequado deslocamento de pessoas e cargas;
  • a prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados e dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado;   
  • a integração entre os modos e serviços de transporte urbano;   
  • a mitigação dos custos ambientais, sociais e econômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas na cidade;  
  • o incentivo ao desenvolvimento científico-tecnológico e ao uso de energias renováveis e menos poluentes;
  • a priorização de projetos de transporte público coletivo estruturadores do território e indutores do desenvolvimento urbano integrado;

Objetivo Geral:
Dotar o Sistema de Mobilidade Urbana do Distrito Federal* que garanta um adequado deslocamento das pessoas e cargas no território, contribuindo em prol de uma cidade sustentável, acessível, democrática e humana, além de auxiliar na promoção do desenvolvimento social, econômico, ambiental e cultural do Distrito Federal.  

Objetivos secundários:

  • reduzir as desigualdades e promover a inclusão social;   
  • promover o acesso aos serviços básicos e equipamentos sociais;   
  • proporcionar melhoria nas condições urbanas da população no que se refere à acessibilidade e à mobilidade;
  • promover o desenvolvimento sustentável com a mitigação dos custos ambientais e socioeconômicos dos deslocamentos de pessoas e cargas nas cidades; e   
  • consolidar a gestão democrática como instrumento e garantia da construção contínua do aprimoramento da mobilidade urbana. 
_________________________
______________

Conheça o candidato:
  • Brasiliense e usuário do transporte público;
  • Formado em Engenharia Civil e Mestre em Transportes (UnB);
  • Servidor Público concursado, trabalha com a Política Nacional da Mobilidade Urbana no Ministério das Cidades, orientando políticos e gestores públicos de todo o Brasil;
  • Acompanha e monitora as grandes obras estruturantes do Transporte Público do DF;
  • Coordenador do Grupo de Transportes do PDT-DF, com grande participação no Plano de Governo de Rodrigo Rollemberg no tema Mobilidade Urbana;
  • Criador do Blog Brasília em Movimento, onde são tratados exclusivamente assuntos de transporte e mobilidade urbana do Distrito Federal, além de divulgada a Política Nacional de Mobilidade Urbana!

Renove e Vote 12312
Higor Guerra para Deputado Distrital

terça-feira, 22 de julho de 2014

Santa Maria


Dia 19/07 estivemos em Santa Maria. Conversamos com moradores e comerciantes. Ouvi muitas reclamações na área da segurança pública e saúde, bem como sobre a carência de serviços básicos como bancos, cartórios, espaços culturais, centros comerciais etc.

Na mobilidade urbana, fomos retratar a realidade nos deslocamentos daqueles cidadãos. Como em muitas outras cidades, o pedestre não tem vida fácil. As calçadas, quando existem, não são adequadas ao deslocamento, forçando os pedestres caminharem pelas ruas. Encontramos mães levando seus bebês em carrinhos pela via, pois, segundo elas, as calçadas eram estreitas, cheias de obstáculos e desniveladas.


 
Calçada entre as quadras sem iluminação

Andar a noite é perigoso. A iluminação é para quem anda de carro. Entre as quadras não há iluminação adequada. Em determinados espaços, além da iluminação, é possível instalar equipamentos de academia comunitária, por exemplo, facilitando a convivência entre moradores, valorizando a região e gerando maior segurança.

Ponto de parada

Os pontos de ônibus raramente podem ser acessados por calçadas. Quando muito contam com calçadas sem acessibilidade ao longo das vias. Não há informação ao usuário. Na Av. Alagados, existe ciclovias no canteiro central, o que facilita a circulação dos ciclistas, mas é preciso ter cuidado nos retornos, pois a preferência de circulação é do motorista.

Av. Santa Maria: poste no meio de uma faixa de rolamento

Todavia, a grande maioria das pessoas disse estar insatisfeita (e frustada) com o Sistema de BRT, inaugurado recentemente. Determinadas linhas de ônibus que ligavam Santa Maria a diversas áreas do Plano Piloto foram retiradas (ou reduzidas a ofertas de ônibus), forçando os cidadãos a usarem o BRT e realizarem integrações.

Ouvi muita crítica especialmente quanto a baixa quantidade de ônibus disponibilizados nos horários de pico. As linhas alimentadoras chegam ao terminal. Os usuários desembarcam e por lá ficam esperando ônibus articulados do BRT, que chegam a demorar mais de 10 minutos. Assim, o volume de passageiros acumulados é enorme e, quando chega o articulado do BRT, há muito empurra-empurra e desobediência da fila. Muitas usuárias reclamaram da agressividade com que são tratadas na hora de entrar no BRT.

No ônibus o aperto é grande. O conforto passa longe, mesmo com o tal do ar-condicionado. O terminal não atende somente os moradores de Santa Maria, mas também é acessado por moradores de cidades do entorno sul como Valparaíso (Céu Azul), Pedregal, Novo Gama e outras. No horário de entre-pico, as reclamações são quanto a frequência baixa dos ônibus.

É preciso verificar o contrato de prestação de serviços feito com a Pioneira, empresa operadora da região. Verificar se essa baixa oferta de ônibus é em função de um planejamento equivocado (subdimensionamento do sistema) ou se há descumprimento contratual, ou ainda se há algum problema relacionado ao desempenho operacional, no qual os ônibus não conseguem cumprir com seu itinerário em tempo apropriado. 

Adicionalmente, é interessante rever algumas linhas antigas. Conversando com a Fernanda, comerciante de Santa Maria e universitária, ela disse que vai diariamente à faculdade de carro, em período noturno, localizada na L2 Sul. Isso porque o Sistema de BRT não é atrativo (gasta muito mais tempo no deslocamento, além de necessitar andar bastante, pois precisa desembarcar no Eixo Rodoviário). Antigamente, ela ficava mais a vontade em ir de ônibus, pois desembarcava em parada próxima à faculdade.

Quanto a infraestrutura (ligando o terminal de Santa Maria à Rodoviária do Plano Piloto), nos trechos em que realmente há faixa exclusiva ao transporte público, o desempenho é satisfatório, mesmo trafegando a uma velocidade máxima de 60km/h. Mas, no Eixo Rodoviário Sul não há mais exclusividade, prejudicando o desempenho operacional. A maioria das estações ao longo do trajeto ainda não estão concluídas.


Terminal de BRT de Santa Maria

Estacionamento do terminal de BRT

No terminal de Santa Maria ainda persistem obras a serem concluídas e equipamentos a serem entregues, a exemplo de calçadas ao redor do terminal, iluminação para o usuário/pedestre, bicicletários, painéis de informação ao usuário entre outros.

Calçada entre o estacionamento e o terminal

Calçada danificada



Catraca eletrônica

"Bicicletário"

 Placas de informação ao usuário, sem informação


Como visto, há muitas intervenções a serem feitas em Santa Maria. Não se pode basear apenas nos resultados técnicos das simulações feitas em computador que indicam soluções otimizadas. É preciso ouvir as necessidades dos cidadãos. Entender as necessidades das pessoas. Um bom gestor público precisa ser hábil nisso. 

Vamos construir juntos a cidade que queremos! Contem comigo!

Forte abraço,
Higor Guerra

A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
Gostou da proposta de uma melhor mobilidade urbana? Ajude a divulgar este trabalho sério e importante que irá melhorar a nossa qualidade de vida. Converse com amigos e parentes. Compartilhe nas redes sociais! Entre em contato com Higor Guerra (faleconosco@acreditabrasilia.com.br). Vote: 12312.













quinta-feira, 17 de julho de 2014

Arniqueiras


Prezadas(os),

Dia 15/07 eu estive em um condomínio conversando com moradores do Setor Habitacional Arniqueiras, que me relataram algumas características do setor e desafios de quem mora e trabalha na região. Além do setor de passar por um processo lento de regularização habitacional, há dificuldades nos deslocamentos das pessoas. No dia 16/07 estive novamente no local para conversar com pedestres e usuários do transporte público. 


Ponto de Ônibus na EPVP



A oferta de transporte público na região é baixa. São poucas linhas que passam nas proximidades. Normalmente é necessário tomar duas (ou mais) linhas de ônibus para ir a outras regiões do DF. No caso dos condomínios do conjunto 06, por exemplo, o ponto de ônibus mais próximo fica na Estrada Parque Vicente Pires - EPVP (DF-079). Dependendo do condomínio, é necessário caminhar mais de 2 km para acessar o abrigo, que não tem qualquer informação ao usuário. Não tem jeito! A opção para muitos moradores é o uso do automóvel, pois o sistema de transporte público não é atrativo. 

Agora imaginem a situação de quem não dirige ou não tem condição de ter um carro. É o caso de muitos trabalhadores da região, incluindo as secretárias do lar e aqueles que trabalham em áreas comerciais. Há inclusive recusas de oferta de emprego, pois a região é considerada de difícil acesso.

 Faixa de pedestre na EPVP, ligando pontos de parada

Um caso que me chamou a atenção ontem. Conversei com o Thullio, usuário do transporte público. Ele embarcou em um ônibus e informaram que aquela linha faria um itinerário diferente em função da greve de rodoviários que ocorreu ontem. Informaram que o ônibus passaria em Águas Claras, mas na hora do "vamos ver", não passou e Thullio teve que desembarcar bem longe de seu destino. Desiludido com o transporte público, ele estava disposto ir a pé mesmo para seu trabalho, numa distância que calculo em 5 km.

Ciclistas e pedestre dividindo a ciclovia

Na EPVP, em função da descontinuidade das calçadas, os pedestres costumam utilizar a ciclovia para caminhar (ou para fazer atividades físicas), o que não é apropriado. 

Calçada só em parte da região e sem iluminação apropriada

Saindo da EPVP e indo em direção a Arniqueiras (Conjunto 06), a calçada até que existe em determinados trechos, mas conta apenas com a iluminação da rua que passa a uns 10 metros, ou seja, não é apropriada a circulação em horário noturno. A medida que se avança nessa via as calçadas não mais possuem continuidade e os obstáculos começam a aparecer.


 Calçadas estreitas e cheias de obstáculos


Falta de sinalização horizontal

Há ciclovia em bom trecho da EPVP o que facilita o deslocamento de quem opta pela bicicleta, mas atenção nos cruzamentos, pois muitos veículos saem da EPVP em velocidade elevada e acessam as ruas de acesso à Arniqueiras. Já na via de acesso ao conjunto 06 é estreita e não possui ciclovia, sendo preciso transitar de forma compartilhada com os carros que podem trafegar em velocidades incompatíveis, gerando insegurança. 

 Ciclovia: proximidade de um cruzamento

Cruzamento da ciclovia nas proximidades de uma rotatória

Placa indicando sentido para a EPTG
Além das adequações e melhorias das calçadas e das condições de circulação dos ciclistas, algumas medidas podem ser tomadas para melhorar o acesso ao Setor Habitacional Arniqueiras. Uma ideia é de criar facilidades para que os moradores da região possam ao menos estacionar seus carros nas estações do metrô (estações de Águas Claras ou do Guará) para de lá acessar outros pontos do DF usando o transporte público. Neste sentido, poderia se discutir a construção de estacionamentos cobertos e controlados, garantindo conforto, praticidade e segurança. Outra proposta debatida com os moradores é a existência de linhas alimentadoras de microonibus que possam sair de determinada estação do metrô e atender o setor.

Por fim, quero agradecer aos moradores do Condomínio Residencial Pinheiros, que se dispuseram a debater o tema da mobilidade urbana e buscar alternativas para melhorar o dia-a-dia de todos que residem ou trabalham no Setor Habitacional Arniqueiras.

Vamos construir juntos a cidade que queremos! Contem comigo!

Forte abraço,
Higor Guerra



A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
Gostou da proposta de uma melhor mobilidade urbana? Ajude a divulgar este trabalho sério e importante que irá melhorar a nossa qualidade de vida. Converse com amigos e parentes. Compartilhe nas redes sociais! Entre em contato com Higor Guerra (faleconosco@acreditabrasilia.com.br). Vote: 12312.

terça-feira, 15 de julho de 2014

P Sul


Amigas(os),

Continuando nossa caminhada pelo DF, no último domingo (13/07) nós fomos ao Setor P Sul, em Ceilândia. Conversamos com alguns moradores do setor. O Sr. Adauto disse que ajudou a fundar o P Sul em 1978. Disse que até hoje o setor é muito carente em diversas áreas, inclusive na mobilidade urbana.

Muitos moradores do P Sul necessitam ir com frequência ao centro de Ceilândia, Taguatinga ou ao Plano Piloto para realizarem suas atividades. Giovaneo e Shirlei informaram que já há congestionamento na região, especialmente na Via Estádio que liga Ceilândia ao Centro de Taguatinga.


Previsão de rampa de acessibilidade, mas ainda sem calçada

Fomos conhecer a Via P 2, uma avenida larga com duas faixas de rolamento por sentido e um canteiro central com árvores. Perguntei aonde havia um ponto de ônibus. Disseram-me: "Ali na esquina tem um". Eu voltei a perguntar: "Aonde?". Responderam-me: "Ali, junto ao poste de luz". Não vi! Depois me esclareceram, que "não há abrigo e nem placa, só quem é daqui que sabe aonde os ônibus param" :0.  Abrigos de ônibus só existe nas entrequadras.

Calçadas descontínua

No canteiro central da Via P 2, ora tem calçada, ora não tem. Ao longo do canteiro central, nos retornos, encontramos meios-fios rebaixados, indicando uma vontade de se fazer acessibilidade por ali, mas na prática não havia nem mesmo a calçada. 

Canteiro Central da Via P2: sem acessibilidade

Fomos para o tal "ponto de ônibus" (só acreditei mesmo quando vi pessoas ali esperando o ônibus perto do poste). Curioso é que do outro lado da via, na outra esquina, perto de outro poste, havia mais um "ponto de ônibus". 

Aproveitei para conversar com aqueles usuários. Havia duas mães, uma com um carrinho de bebe e outra com um bebe no colo. Perguntei quais eram os maiores problemas em andar de ônibus levando os pequenos com elas. Elas me disseram que eram acessar o ponto de ônibus e entrar nos veículos, pois precisavam subir as escadas e achavam perigoso fazer isso com os bebes. A incerteza sobre quando o ônibus iria passar também incomodava. O pessoal também me reclamaram dificuldades em atravessar a Via P 2 para ir do outro lado, pois o canteiro central não era acessível. 

Finalmente chegou o ônibus de alguns deles. A mãe com o bebe no carrinho teve que esperar mais um pouco.

Referência do Ponto de Ônibus: É o poste da esquina


Ônibus no "ponto de ônibus"

Ontem falamos da experiência no Sudoeste. Por lá, ao menos temos abrigos para o ser humano. No P Sul, nem isso. Informação ao usuário? Esquece. Só perguntando para os moradores e comerciantes mesmo.

Hoje muitas autoridades que tomam decisões importantes sobre os investimentos em transporte público sequer utilizam o sistema. Inclusive, algumas dessas autoridades contam com motoristas para se deslocarem na cidade, ou seja, nem dirigem seus carros.

É preciso se colocar no lugar do usuário antes de tomar uma decisão governamental. É preciso ouvír os usuários e a comunidade. É preciso realizar investimentos em mobilidade e requalificar os espaços urbanos, conferindo maior dignidade ao ser humano que por ali circula.

Além disso, a integração de políticas públicas pode potencializar os recursos públicos investidos. Assim, no P Sul, por exemplo, é possível investir em mobilidade urbana e, consequentemente, melhorar o comércio local e os serviços públicos básicos (saúde, educação, segurança pública etc).

Vamos repensar nossa cidade! Vamos construir juntos a cidade que queremos! Brasília Sustentável, Acessível, Democrática e Humana.

#NovaPoliticaDeMobilidadeUrbana

Um Forte Abraço!
Higor Guerra

A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
Gostou da proposta de uma melhor mobilidade urbana? Ajude a divulgar este trabalho sério e importante que irá melhorar a nossa qualidade de vida. Converse com amigos e parentes. Compartilhe nas redes sociais! Entre em contato com Higor Guerra (faleconosco@acreditabrasilia.com.br). Vote: 12312.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Sudoeste


Amigas(os),

Sábado passado (12/07) fomos ao Sudoeste (área de alta renda no DF). Era véspera do jogo do Brasil (disputa de 3º lugar na Copa). Conversamos com usuários do transporte coletivo, perguntando se eles sabiam que horas o ônibus deles iria passar naquele ponto de parada. Unanimidade: todos falaram não saber. Inclusive alguns disseram que nem sabiam se conseguiriam chegar em casa a tempo de assistir o jogo.

Espaço para propaganda e nenhuma informação ao usuário 

Não é para menos. Nos pontos de ônibus visitados não encontramos nenhuma informação ao usuário, apesar de muito espaço para propaganda.

É importante lembrar que é direito do usuário "ser informado nos pontos de embarque e desembarque de passageiros, de forma gratuita e acessível, sobre itinerários, horários, tarifas dos serviços e modos de interação com outros modais", conforme a Lei 12.587 (art. 14, III).

Sinalização horizontal ruim

Na Av. das Jaqueiras, encontramos boa parte das calçadas em condições satisfatórias, inclusive com rampas de acessibilidade e sinalização vertical nas faixas de pedestres. A sinalização horizontal, porém, precisa de um reforço. Não tivemos problemas nas faixas de pedestres. Todos motoristas respeitaram.


Sinalização vertical boa
Acessibilidade: faixa com rampas

Na Primeira Avenida do Sudoeste, a calçada é uma piada. Para acessar os abrigos, o usuário conta com uma calçada que não deve passar de 1,00 metro de largura (o ideal seria 1,50 metros, sem obstáculos). Além de serem estreitas, a situação se agrava com os carros que estacionam ao longo delas, pois ficam com parte da carroceria ocupando espaço das calçadas. Cadeirantes e mães(ou pais) com carrinhos de bebê precisam ir driblando (e se arriscando entre) os carros pelo estacionamento. 

Acesso ao ponto de ônibus: calçada estreita

Forma mais fácil de acessar o ponto de ônibus: andando entre os carros 
  
Já as calçadas do lado do comércio (de frente ao estacionamento) são bonitas, mas nada práticas. Muitos obstáculos: cadeiras, plantas, outdoors, cones, lixeiras etc.

Calçada repleta de obstáculos

O Sudoeste possui uma interessante malha cicloviária. Apesar de não atender toda a região, a infraestrutura passa em lugares próximos ao comércio. Em muitos trechos são bem sinalizadas e percebi muitos ciclistas usando a infraestrutura. Entretanto, se você quiser ir ao Sudoeste (vindo de outra Região Administrativa) não terá muitas facilidades, pois a malha cicloviária ainda não está totalmente integrada com as outras cidades do DF. 

Identificamos também algumas deficiências que colocam em risco a segurança dos ciclistas nas ciclovias do Sudoeste. Atravessar a Primeira Avenida por exemplo não é uma tarefa simples, em virtude da localização da rota (próximo a rotatórias), elevado fluxo e velocidade de veículos automotores e sinalização insuficiente. 

Ciclovias do Sudoeste

Conversamos com pessoas que trabalham nas proximidades desses cruzamentos. Gilmar e Zilma informaram que realmente é uma situação perigosa e que inclusive já presenciaram acidentes em um cruzamento entre as quadras 102, 103, 302 e 303. Inclusive na quadra 102 há uma vaga de veículos que obstrui a rota dos ciclistas, dificultando ainda mais a atravessia da Primeira Avenida.

Cruzamento perigoso

Muito se fala que a maioria dos moradores do Sudoeste anda de carro, por isso é preciso mais vagas de estacionamento no comércio e mais espaços para circulação dos veículos. Entretanto, no planejamento urbano, precisamos lembrar que:
  • Muitas pessoas trabalham no Sudoeste e boa parte usa o transporte público, principalmente as Secretárias do Lar;
  • Outros moradores preferem usar a bicicleta como meio de deslocamento saudável e sustentável;
  • Mesmo os usuários de carros, em algum momento, também são pedestres e precisam de espaços adequados para circular.
  • Muitos utilizam os seus carros simplesmente por falta de opção de um transporte público de qualidade, que seja atrativo, rápido, confortável e possua informações suficientes para se deslocarem em meio urbano.
Vamos repensar os deslocamentos em nossa cidade! Vamos construir juntos a cidade que queremos! Brasília Sustentável, Acessível, Democrática e Humana.

#DFNovaPoliticaDeMobilidadeUrbana

Um Forte Abraço!
Higor Guerra

A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
Gostou da proposta de uma melhor mobilidade urbana? Ajude a divulgar este trabalho sério e importante que irá melhorar a nossa qualidade de vida. Converse com amigos e parentes. Compartilhe nas redes sociais! Entre em contato com Higor Guerra (faleconosco@acreditabrasilia.com.br). Vote: 12312.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Ligação Luziânia ao Distrito Federal



Amigas(os),

No dia 07 de julho de 2014, eu estive em Luziânia/GO para conversar com lideranças das cidades próximas, com a presença do Deputado Estadual de Goiás Francisco Júnior. Pauta: transporte público coletivo entre municípios do entorno e o Distrito Federal.

Acesso precário aos abrigos de ônibus: ausência de calçadas 

Este sistema de transporte público é muito precário. São milhares de moradores de cidades como Luziânia, Cidade Ocidental, Valparaíso, Jardim Ingá que diariamente se deslocam ao Plano Piloto (DF) para trabalhar, viagens que chegam a ultrapassar mais de 100km (ida e volta). São muitas horas perdidas dentro de ônibus sem o conforto adequado.

A BR-040 é a principal ligação das cidades do entorno sul ao DF. Trata-se de uma rodovia federal em meio urbano, mas sem a infraestrutura adequada para tal contexto. O acesso aos abrigos de ônibus ao longo da rodovia são dificultados por causa da ausência de calçadas. Não há exclusividade para a circulação dos ônibus. Qualquer intervenção ao longo da rodovia precisa de autorização do Governo Federal.

Estabelecimentos comerciais ao longo da rodovia

A BR040 segrega as cidades goianas. Há comércio e moradias dos dois lados da rodovia, o que ocasiona grande fluxo de pessoas circulando na via que foi dimensionada para ser uma rodovia rural. Isso implica principalmente em preocupações com a segurança viária. São pessoas que se arriscam atravessando da rodovia constantemente.
 
Valparaíso/GO: a cidade é segregada pela BR040 - uso de passarelas 

Verifica-se também intenso movimento de transporte de cargas na região. A logísticas desses transportadores é prejudicada, uma vez que precisam opera em vias que não foram dimensionadas para o contexto urbano.

Movimentação de cargas

Já no Distrito Federal não se verifica tantos problemas. A segregação urbana não é tão presente como nas cidades do entorno sul. Recentemente foi inaugurado o Expresso DF Eixo Sul (apesar de ainda estar em fase de conclusão de obras) que confere circulação em faixas exclusivas de determinados ônibus (a infraestrutura é um fator positivo, mas a operação do sistema... vamos tratar em outra oportunidade!).

Santa Maria/DF: Viaduto de uso exclusivo do Expresso DF Eixo Sul

Santa Maria/DF: Faixa exclusiva do Expresso DF Eixo Sul

Expresso DF Eixo Sul: trechos ainda em obras

Registra-se que os ônibus que vem das cidades goianas não circulam nas faixas exclusivas do BRT. Ou seja, o usuário do transporte público que vem de Luziânia, por exemplo, em nenhum momento possui qualquer tipo de priorização.

Vejam quão complexa é a situação do transporte do entorno. A operação do sistema é feita mediante uma outorga temporária sob regulação e fiscalização da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT (órgão da União). O sistema atende a diversos municípios goianos que não possuem condições (financeiras e legais) nem mesmo para arcar com calçadas e abrigos descentes, quanto mais com uma infraestrutura que priorize a circulação dos ônibus. No DF, a infraestrutura que confere a exclusividade só pode ser utilizada pelos ônibus do Expresso DF Sul.

Ou seja, são diversos entes federados (União, Estado de Goiás, Distrito Federal e Municípios) que possuem suas obrigações com o cidadão, mas que ao mesmo tempo possuem limitações de competência. Assim, parece que cada um fica jogado a responsabilidade para o outro.

Não há outra solução: é preciso unir esforços coordenados de todos eles em prol de um sistema de transporte público de qualidade. É preciso deixar de lado as limitações de cada ente federado e trabalhar focado no cidadão, no ser humano que realmente usa o sistema de transporte público.

O consórcio público é uma interessante ferramenta para isso. Todos se unem para resolver o problema. É preciso estruturar um consórcio em torno de objetivos claros e que possibilite agilidade nas ações, no qual cada ente federado deverá honrar com seus compromissos.

Em termos de infraestrutura, atualmente se discutem duas grandes propostas para a região. A primeira é um sistema de BRT semelhante (e compatível) ao Expresso DF Eixo Sul (Gama-Santa Maria-Rodoviária do Plano Piloto) a ser operado na BR040. Este está com recursos da União garantidos para a elaboração de projetos de engenharia. A segunda proposta que está sendo debatida é a implantação de um sistema de Trens Urbanos, aproveitando a infraestrutura férrea existente que atualmente opera o transporte de cargas. Neste caso, a SUDECO encomendou um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica. O interessante (ou preocupante) é que são investimentos da União em duas iniciativas que, a princípio, podem ser consideradas como concorrentes.

Linha férrea existente: transporte de cargas

O fato é que, se nada for feito em um curto período de tempo, a tendência é piorar e muito a qualidade de vida (se é que ainda existe alguma qualidade) daqueles que trabalhadores que moram nas cidades do entorno.

Por fim, quero deixar a foto do flagrante que pegamos na nossa viagem. Um ônibus (do sistema de transporte público do DF) circulando com a tampa do bagageiro aberta, gerando perigo para os demais motoristas. Imaginem se fosse do outro lado do ônibus: risco para os pedestres e os ciclistas!

Ônibus trafegando com tampa do bagageiro solta

Por um transporte de qualidade! Contem comigo!
Abraço Grande!
Higor Guerra


A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
Gostou da proposta de uma melhor mobilidade urbana? Ajude a divulgar este trabalho sério e importante que irá melhorar a nossa qualidade de vida. Converse com amigos e parentes. Compartilhe nas redes sociais! Entre em contato com Higor Guerra (faleconosco@acreditabrasilia.com.br). Vote: 12312.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Sol Nascente

Av. Principal - Sol Nascente

Ontem estive no Sol Nascente, considerada a maior favela da América Latina (veja aqui). Atualmente, o Sol Nascente e o Por do Sol pertencem à Região Administrativa de Ceilândia. A infraestrutura urbana precária é uma dos principais problemas desses condomínios. Apenas uma pequena parcela da população é atendida com rede de esgotos e pavimentação, além dos insuficientes serviços de coleta de lixo.  


Em uma das principais vias de Sol Nascente, aonde há comércio, encontrei estacionamento pavimentado para carros, mas não vi calçadas para o cidadão. O pedestre escolhe: ou vai pela terra, enfrentando a poeira; ou então segue pela via cheia de lama se arriscando entre os carros.



A grande maioria das vias transversais à avenida não é pavimentada, muito menos possui calçada. Muitos "retornos" na avenida foram feitos mediante destruição do canteiro central. Em frente aos comércios existem calçadas, mas dificilmente são niveladas ou acessíveis.


Mesmo na avenida principal há muito buraco na via, tornando a convivência entre carros e pedestres ainda mais inseguro. Não vi abrigo de ônibus, apesar da circulação dos coletivos por lá.


Na via que dá acesso ao Sol Nascente (foto abaixo), é possível verificar uma caixa viária larga, no qual é possível aproveitar espaços com infraestruturas que requalificam o ambiente urbano. Há pontos de parada, mas não existem calçadas para o cidadão que vai  pegar o ônibus. A iluminação existe apenas ao longo da via, mas até acessar essa via a escuridão e a insegurança predominam.



No Sol Nascente há muitos ciclistas, mas nenhuma ciclovia/ciclofaixa. O jeito é enfrentar o trânsito compartilhado das vias não pavimentadas (ou pavimentadas com buracos) entre carros, ônibus, caminhões e pedestres. 


Mais adiante, em uma área urbana já consolidada em Ceilândia, já é possível ver o contraste. Na Ceilândia Norte tem uma infraestrutura muito melhor que o Sol Nascente. As vias estavam sendo recapeadas e haviam ciclovias e calçadas (não muito boas, mas pelo menos existiam).


É preciso fazer muitas melhorias no Sol Nascente: implantar as redes de esgoto e águas pluviais, calçadas acessíveis. É importante implantar abrigos de ônibus para os usuários e calçadas ao redor, com a devida iluminação. Uma malha cicloviária também é interessante.

Ainda sobre o transporte público, e considerando o tamanho da população que ali reside, penso que seria interessante a chegada de um sistema estruturante e exclusivo (VLT ou BRT) até o Sol Nascente. Poderíamos pensar também em uma grande estação no qual teríamos serviços públicos básicos integrados, a exemplo do "Na Hora". Também integrado à esta estação poderíamos ter espaços para atividades culturais e também uma unidade de saúde.

É preciso dar qualidade de vida às pessoas. A infraestrutura de transporte público (Metrô, VLT, BRT) possui um importante potencial de indução do desenvolvimento social, cultural e econômico.

Essas são minhas contribuições para a comunidade do Sol Nascente!

Forte Abraço!
Higor Guerra

A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
Gostou da proposta de uma melhor mobilidade urbana? Ajude a divulgar este trabalho sério e importante que irá melhorar a nossa qualidade de vida. Converse com amigos e parentes. Compartilhe nas redes sociais! Entre em contato com Higor Guerra (faleconosco@acreditabrasilia.com.br). Vote: 12312.