sábado, 31 de maio de 2014

Maio Amarelo e as tristes lembranças de um acidente



Prezadas(os),

Iniciamos o mês aderindo ao Movimento Maio Amarelo (relembre aqui), que visa estimular medidas coordenadas com o intuito de reduzir o número de acidentes e a gravidade. Hoje, no último dia de maio, vamos comentar um acidente fatal que ocorreu em Águas Claras justamente no dia das mães, acabando com uma família. A matéria é do Correio Braziliense e se encontra abaixo.

Trata-se de mais dor na nossa sociedade devido a um acidade de trânsito, ocasionado por uma pessoa que resolveu dirigir bêbado e em alta velocidade. É mais uma família que amargura a perda inesperada de pessoas queridas. É mais uma família que se acaba de forma inesperada, encerrando sonhos e planos. Aonde vamos parar?

E o que fazer para reduzir os acidentes? Basicamente nossos governantes têm o dever de garantir/promover: 1) vias adequadas, sinalizadas, seguras e fiscalizadas; 2) veículos aptos à circulação, mediante fiscalização rigorosa, e com dispositivos de segurança; e, 3) maior conscientização dos usuários e rigor na aplicação de penalidades com aqueles que insistem em infringir o Código de Trânsito Brasileiro. Além disso, temos (nós sociedade) que nos conscientizar sobre a necessidade de respeitar as leis de circulação e exigir uma postura adequada dos nossos representantes políticos sobre o assunto.

Na área do acidente, houve o fechamento do cruzamento, impedindo a conversão à esquerda. Realmente aquela conversão era inapropriada, pois não permite uma adequada visualização dos veículos que trafegam no sentido oposto da via.

Agora é preciso que a justiça seja feita. Entretanto, infelizmente, não há nenhuma ação que possa ser feita de forma a recompor essa família.

O mês de maio está acabando, mas nossa luta pela paz no trânsito continua! Vamos juntos!

Um grande abraço!
Higor Guerra

Veja como foi o acidente que matou 
mãe e filha em Águas Claras

Flagrado pelo teste do bafômetro, o responsável pela tragédia acabou preso - ele estava com habilitação suspensa. Justamente por dirigir bêbado


Thiago Soares
Publicação: 12/05/2014 09:39 Atualização: 13/05/2014 00:03
Veja a matéria original, clicando aqui.

Enquanto várias famílias comemoravam o Dia das Mães, uma sofria com a irresponsabilidade no trânsito. A jornalista Alessandra Tibau Trino Oliveira, 33 anos, e a filha, Júlia Trino Oliveira, de 1 ano e meio, morreram após uma picape bater no veículo em que seguiam com Gabriel Faria de Oliveira, 31, marido e pai das vítimas. O condutor da Saveiro, Rafael Yanovich Sadite, 33, além de dirigir em alta velocidade numa via de 60km/h, estava embriagado, conforme resultado do teste do bafômetro - ele estava com a Carteira Nacional de Habitação (CNH) suspensa. O Correio apurou que o condutor perdeu temporariamente a licença justamente por dirigir bêbado em 2010. O enterro das duas será realizado hoje no Cemitério Campo da Esperança. 

O acidente aconteceu por volta da 1h de ontem. A família havia saído de um encontro com parentes no Park Way e voltava para casa, na Quadra 21 de Águas Claras. O corretor de imóveis Gabriel conduzia um Honda Fit pela DF-079, quando passou pelo cruzamento que dá acesso à via de entrada da cidade, na Quadra 5 do Park Way, próximo ao viaduto localizado embaixo da linha do metrô. Ali, o veículo foi atingido pela Saveiro. Com o forte impacto, o Fit capotou. A picape parou a cerca de 80m do ponto da colisão.

O Corpo de Bombeiros prestou atendimento, mas Alessandra morreu no local. Júlia, então em estado grave, e Gabriel foram encaminhados para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A criança, porém, não resistiu aos ferimentos. O pai teve duas costelas quebradas e ferimentos no rosto. Recebeu alta médica horas depois, e está sob os cuidados de familiares na casa da mãe. Ele chegou a atender uma ligação do Correio, mas, em estado de choque, não teve condições de falar. “É um momento de muita dor, mas a nossa intenção é que os motoristas tomem consciência na hora de pegar o volante. Quando alguém bebe e vai dirigir, está automaticamente dispondo a tirar a vida de alguém. Não vamos trazer elas (mãe e filha) de volta com isso, mas queremos que as pessoas se conscientizem”, disse Ana Carolina Andrade, 29 anos, prima de Alessandra.

Rafael Sadite teve apenas escoriações leves. Recebeu atendimento no Hospital Regional de Taguatinga, onde foi preso em flagrante por agentes da 21º Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). Ele prestou depoimento e foi indiciado por duplo homicídio doloso e uma tentativa de homicídio dolosa. A Carteira Nacional de Habitação (CNH) dele estava suspensa. O Correio apurou que o condutor perdeu temporiamente a licença justamente por dirigir bêbado em 2010.

Leandro Yanovich Adão, primo de Rafael, estava no banco do carona da Saveiro e quebrou as pernas. Foi levado para o HBDF.

Sorriso
Gabriel e Alessandra se conheciam havia oito anos. Ela morava no Rio de Janeiro e, ao visitar Brasília, foi apresentada ao corretor de imóveis. Ter um filho era o sonho do casal, que planejava aumentar a família desde o casamento, há dois anos. Segundo os parentes, antes do nascimento de Júlia, a jornalista sofreu um aborto. Em 2012, engravidou novamente, e nasceu a Princesinha, como era chamada pelos mais próximos. “Ela era uma criança extremamente alegre e amada por todos. Era impossível não se contagiar com o sorriso dela”, contou Ana Carolina.

Há um mês, a menina atuou como dama de honra no casamento da prima. “Estamos todos sentidos, as duas (mãe e filha) eram verdadeiras companheiras”, comentou. O velório está previsto para hoje, a partir das 8h, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.




sexta-feira, 30 de maio de 2014

Motorista ignorante ameaça grupo de ciclistas no Lago Norte


Pessoal,

Iniciamos o mês de maio aderindo o Movimento Maio Amarelo (relembre aqui), que visa estimular medidas coordenadas com o intuito de reduzir o número de acidentes e a gravidade. Hoje, no último dia útil de maio, vamos relatar um episódio de agressão no trânsito para que possamos refletir sobre o assunto da segurança viária e respeito ao próximo.

Motorista ignorante

Uma amiga me relatou um caso absurdo que aconteceu ontem a noite (por volta das 22:00h) na alça que dá acesso ao Lago Norte de quem vem do Plano Piloto (logo após a Ponte do Bragueto).

Segundo essa amiga, ela dirigia seu carro vindo do Plano Piloto para o Lago Norte. Após passar pela Ponte do Bragueto, ela entrou na via de acesso à avenida principal do Lago Norte e avistou um grande grupo de ciclistas que pedalavam por ali de forma ordenada e ocupando a faixa da direita. Nisso apareceu um motorista ignorante dirigindo um SUV (Veículo Utilitário Esportivo) que a ultrapassou e, em seguida, ele jogou o carro em cima do grupo de ciclistas.

O elemento desumano parou seu possante, abaixou o vidro e começou a disparar palavras de insulto aos ciclistas, dizendo que eles atrapalhavam o trânsito. Apesar de muitos ciclistas pedirem para o motorista do SUV continuar a sua viagem em paz, o rapaz não deu sossego e começou a dirigir de forma agressiva jogando o carro em cima do grupo.

Segundo minha amiga, ela disse que não identificou pessoas feridas no episódio.

Infelizmente ainda hoje boa parcela da população não consegue (ou não quer) respeitar o direito de circulação de outras pessoas. Nas vias urbanas, é comum haver conflitos de interesse entre os diferentes usuários do Sistema de Mobilidade Urbana, especialmente entre aqueles que usam os modos motorizados e os que optam pelo modo não-motorizado.

Para solucionar esses conflitos existem as legislações (leis, decretos, normas etc). O Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) estabelece que "Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres" (Art. 29,  § 2º).

No caso em questão, percebe-se não só uma desobediência à legislação, mas uma total ausência de respeito ao ser humano. É preciso que tomemos medidas que possam promover a paz no trânsito. Essas medidas precisam ser estruturais, inseridas desde a educação das nossas crianças em ambiente escolar e familiar. Penso ser adequado também repensar o processo de obtenção da carteira de motorista, observando a Política Nacional da Mobilidade Urbana. A fiscalização mais rigorosa e campanhas permanentes de educação também são ações válidas, entre outras.

Amanhã iremos comentar sobre o acidente fatal que comoveu muitos moradores de Águas Claras.

O mês de maio está acabando, mas nossa luta pela paz no trânsito continua! Vamos juntos!

Um forte abraço!
Higor Guerra

O compartilhamento de bicicletas chegou no DF!

Créditos: http://www.mobilicidade.com.br/bikebrasilia/home.asp#

Pessoal,

Ultimamente estamos postando matérias sobre o sistema de transporte por bicicleta. Estamos conhecendo as propostas do pessoal do Rodas da Paz, vimos o vídeo do ciclista Uirá, aderimos à campanha "De Bike ao Trabalho" e discutimos a questão de encararmos efetivamente a bicicleta como meio de transporte. Dia 28/05/14 houve a inauguração do sistema de compartilhamento de bicicletasVamos conhecer esse sistema?

Abraços,
Higor Guerra

As informações são do site http://www.mobilicidade.com.br/bikebrasilia/:

O Sistema de Bicicletas Públicas Bike Brasília visa oferecer à cidade de Brasília uma opção de transporte sustentável e não poluente. Implantado e operado pela empresa Serttel apoiada pelo Banco Itaú.

Conceito aplicado:

O Sistema Bike Brasília composto por Estações inteligentes, conectadas a uma central de operações via wireless, alimentadas por energia solar, distribuídas em pontos estratégicos da Cidade, onde os Clientes cadastrados podem retirar uma Bicicleta, utiliza-la em seus trajetos e devolvê-la na mesma, ou em outra Estação. 

Objetivos:

  • Introduzir a Bicicleta como modal de Transporte Público saudável e não poluente;
  • Combater o sedentarismo da população e promover a prática de hábitos saudáveis;
  • Reduzir os engarrafamentos e a poluição ambiental nas regiões centrais das cidades;
  • Promover a humanização do ambiente urbano e a responsabilidade social das pessoas

A bicicleta:
  • Quadro em alumínio;
  • Espelho Retrovisor;*
  • Selim anatômico com ajuste de altura;
  • Pedais e rodas com refletores;*
  • Guido emborrachado;
  • Suporte personalizado para artigos pessoais;
  • Buzina tipo campainha;*
  • Sinalização refletiva (dianteira e traseira);*
  • Suporte de descanso;
  • Pino de engate e travamento;
  • Etiqueta eletrônica para identificação da Bicicleta;
  • Câmbio de 3 marchas;
  • Paralamas personalizado para publicidade.
*Respeitando o Código de Trânsito Brasileiro

Estações de bicicletas compartilhadas:
  • Gerenciada por computador;
  • Uso de energia solar e comunicação wireless;
  • Painel com Instruções de uso e mapa com a localização das Estações;
  • Diversos modelos de Estações;
  • Dispositivos eletromecânicos de travamento e liberação das Bicicletas;
  • Lâmpadas de sinalização;
  • Liberação da Bicicleta via aplicativos inteligentes para telefone celular.
Como Utilizar
  • Credenciamento Anual-R$10,00: (feito no site http://www.mobilicidade.com.br/bikebrasilia/)
  • Mapa: Veja o mapa no site a localização das Estações e dirija-se a qualquer uma delas para retirar a Bike desejada, ligando para o portal de voz ou utilizando o aplicativo para as plataformas Android, iPhone e Windows Phone usando os dados cadastrais.
  • Retirada da Bicicleta na Estação: Através do aplicativo para smartphones (baixe o aplicativo para iPhone ou Android ou Windows Phone) ou ligação de celular (ligue para o número 4003 9846).
    • Digite o número da Estação que deseja retirar a Bicicleta;
    • Digite o número da posição da Bicicleta escolhida;
    • Confirme a operação e puxe a Bicicleta quando a luz verde estiver acesa.
  • Uso da Bicicleta: 
    • Você pode fazer quantas viagens quiser durante todo o dia. As Estações de compartilhamento funcionam todos os dias, de 6h as 00:00h.;
    • Viagens de até 1 hora são gratuitas, desde que sejam realizadas com intervalo de pelo menos 15 minutos entre elas;
    • Viagens com duração de mais de 1 hora serão tarifadas à parte, no valor de R$ 5,00 por cada 1 hora de utilização;
    • Através do celular ou do aplicativo Bike Brasília o Cliente pode consultar as de Bicicletas disponíveis e de vagas para devolução, ligando para 4003 9846 ou acessando a internet: www.bikebrasilia.com
  • Devolução da Bicicleta na Estação: A devolução da Bicicleta pode ser realizada em qualquer Estação disponível. Escolha uma posição livre. Encaixe a Bicicleta e verifique se a mesma está devidamente travada. Se a Estação estiver sem espaço para a sua Bicicleta, ligue para a Central de Atendimento ao Cliente: 4003 9846.
  • Memorial JK/Tribunais/Praça Buriti
  • Centro Convenções/Estádio
  • Rodoviária Brasil
  • Torre TV
  • Setor Hoteleiro Norte
  • Setor Hoteleiro Sul
  • Congresso República
  • Catedral
  • N1
  • S1
Há ainda a possibilidade de verificar o extrato de pagamento e utilização do sistema.


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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Pesquisa revela a (in)satisfação dos pedestres em relação às calçadas


Prezadas(os)

Segue uma interessante matéria sobre a importância da calçada para o usuário do Sistema de Mobilidade Urbana (ou seja, para todos nós), baseada em uma pesquisa sobre a qualidade do sistema de transporte público, no qual revelou que uma forte insatisfação com os trechos da viagens a pé até chegar nos pontos de paradas ou estações. Assim, é interessante que estejamos atentos a políticas que valorizem e estimulem o caminhar e que promovam um ambiente urbano satisfatório, limpo e agradável.

Um forte abraço a todas(os)!
Higor Guerra

Mobilidade urbana começa na sua calçada
Esquecidos pelas autoridades, pedestres sofrem com calçadas ruins. Porém, existem soluções simples e baratas para resolver esse problema


Fonte: Revista ES Brasil
Autor: Marcos de Sousa / Mobilize Brasil
Postado em: 22 de maio de 2014



Pesquisa, ainda inédita, realizada no final de 2013 pela Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP) confirma: a população brasileira está muito descontente com o transporte público oferecido no país.

O resultado parece óbvio, mas os dados colhidos nas entrevistas revelam que a pior parte das viagens diárias não está nos ônibus e trens superlotados, mas no caminho – a pé – até chegar ao ponto de embarque, geralmente um poste ou um abrigo sujo e deteriorado. Enfim, apesar dos congestionamentos que travam as ruas, o pior problema de mobilidade reside nas calçadas das cidades brasileiras.

Na maior parte das localidades, as pessoas enfrentam caminhadas em passeios completamente esburacados, estreitos, cheios de degraus e outros obstáculos, sem iluminação; isso quando existem calçadas. Em muitas ruas e avenidas, inclusive nas capitais, o pedestre obriga-se a caminhar no asfalto, lado a lado com veículos pesados, exposto a graves riscos de acidentes.

Pedestres são o elo mais frágil da cadeia de mobilidade urbana, especialmente idosos, crianças e pessoas com alguma restrição física. E, vale lembrar, somos todos pedestres, ao menos uma vez por dia. Mais ainda: dados do IBGE (2010) revelam que um terço das viagens urbanas diárias é feito a pé, em geral pequenos trajetos, até a escola, a creche, o mercado, mas também viagens longas, de vários quilômetros, até o local de trabalho.

Curiosamente, os pedestres são esquecidos pelas autoridades, em especial pelos órgãos de trânsito, que trabalham apenas para que o tráfego (de veículos) possa fluir. Desse ponto de vista, as pessoas que caminham atrapalham a fluidez.

Não por acaso, nos últimos 60 anos, as cidades brasileiras fizeram uma gradativa extinção dos passeios e ilhas que permitiam a travessia mais segura das vias. Tudo para alargar ruas e desafogar o tráfego. Em alguns casos, restaram passagens com menos de meio metro para os infelizes pedestres. Em outros, as calçadas são ocupadas por vendedores ambulantes, postes mal posicionados, carros estacionados, lixo ou entulho de construção etc. etc.

Esse pouco cuidado com aquela faixinha destinada aos pedestres acaba estimulando o uso indiscriminado do automóvel, mesmo que seja para uma pequena viagem até a padaria, ao supermercado, ou para levar os filhos à escola. E tomem congestionamentos.

Cidades mundiais, como Berlim, Nova York, Copenhague ou Amsterdã, já perceberam o beco sem saída provocado pelo excesso de carros e têm investido em novas políticas para estimular a volta do pedestre (e dos ciclistas) às ruas. Basta olhá-las e re(aprender).

Calçadas devem ser largas, lisas, sem buracos e sem degraus ou rampas muito inclinadas, que impeçam a passagem, por exemplo, de um carrinho de bebê. Devem ser dotadas de rampas de acessibilidade e de toda a sinalização que proporcione a travessia segura nas esquinas: faixas de pedestres, placas de orientação e semáforos, programados com tempo suficiente para que um idoso possa cruzar a rua sem atropelos. E mais: sempre que possível, devem ser protegidas por arborização, para conforto de quem anda sob o sol, especialmente nestes dias quentes do verão brasileiro.

Com essa fórmula simples e barata, pode-se fazer uma pequena revolução nos modos de ir e vir no ambiente urbano. Caberia às prefeituras orientar e fiscalizar os proprietários dos imóveis, que por lei são responsáveis pela manutenção desse “sistema viário”. Ou então, como fazem várias cidades do mundo, que as prefeituras assumam a responsabilidade de projetar, construir e manter os passeios, pelo menos nas áreas mais movimentadas das cidades. Seria muito melhor para passear, ir às compras ou levar os filhos para a escola. E seria mais fácil chegar ao ônibus, ao metrô, ao trem urbano de cada dia.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Brasília: capital das ciclovias?



Estimadas(os),

Com muito orgulho, promovo aqui o vídeo "Brasília: capital das ciclovias" produzido por Uirá Lourenço. Será mesmo que Brasília é referência nacional e internacional no transporte por bicicleta? É importante termos a noção da diferença entre transporte por bicicleta e infraestrutura cicloviária.

Brasília já conta com mais de 400 km de infraestrutura cicloviária, superando muitas grandes cidades que são referência mundial no assunto. As ciclovias e ciclofaixas são apenas parte de um sistema de transporte por bicicleta. É fundamental encarar o assunto com maior profundidade. O usuário ciclista sai de uma origem (casa dele, por exemplo) e segue para um destino (trabalho, por exemplo), necessitando utilizar uma infraestrutura apropriada (ciclovias, ciclofaixas, ciclorotas...), no qual enfrenta obstáculos e conflitos de interesse ao longo do percurso (especialmente com veículos automotores), além de seguir regras básicas de trânsito (no qual conta que os outros usuários do trânsito também observem essas regras de convivência pacífica).

Definitivamente, é preciso encarar a bicicleta como meio de transporte, uma opção de deslocamento do cidadão. Vamos promover campanhas de conscientização no trânsito, ampliar os canais da gestão democrática, rever projetos, criar condições seguras de trânsito noturno (iluminação), reavaliar os traçados da infraestrutura (permitindo o acesso aos principais polos geradores de tráfego e sem descontinuidades), implantar/ampliar a integração com o transporte público coletivo, estimular campanhas de incentivo ao uso da bicicleta, entre outras atividades.

Brasília tem condições para se tornar referência internacional do transporte por bicicleta. Vamos qualificar o tema! Contem comigo!

Uirá, parabéns! Continue mostrando a realidade dos ciclistas do DF!

Abraço grande!
Higor Guerra

terça-feira, 27 de maio de 2014

Contribuições Rodas da Paz>> Parte 3: TRANSPORTE PÚBLICO E DESESTÍMULO AO USO DO AUTOMÓVEL



Vamos dar continuidade a apresentação das contribuições da ONG Rodas da Paz para melhoria do Sistema de Mobilidade Urbana de Brasília. A Série é composta por 5 partes, conforme os eixos propostos pelo movimento: Mudança de Paradigma de Segurança, Controle Social, Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel, Política Cicloviária e Valorização do Pedestre. Hoje vamos detalhar o Transporte Público e Desestímulo ao uso o Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel!

Abraço grande!
Higor Guerra


Seminário Mobilidade Sustentável 
Contribuições para a elaboração do documento final – Rodas da Paz 
Brasília, março de 2014
E-Mail: contato@rodasdapaz.org.br 
 www.rodasdapaz.org.br 
Documento original

C) TRANSPORTE PÚBLICO E DESESTÍMULO AO USO DO AUTOMÓVEL

A redução do uso excessivo do automóvel está diretamente relacionada à qualidade do transporte público de massa e às restrições ao carro. Além de priorizar o transporte público em relação ao carro, o planejamento urbano deve avaliar a reorganização das densidades da cidade de acordo com os eixos de transporte coletivo de massa e o equilíbrio dos usos do território de acordo com a oferta de trabalho e o local de moradia da população. Alguns dos projetos do GDF estão na direção contrária desta visão de cidade sustentável. 

Algumas medidas propostas nesse sentido são:

⇒ Consolidação dos corredores e faixas exclusivos de transporte público, aumentando a velocidade média dos ônibus e sua quilometragem, sem permitir o uso dessas faixas por vans escolares, taxis e outros utilitários e utilizando semáforos inteligentes. 

⇒ Restrição total as vagas de estacionamento gratuitas e de vagas de garagem além de definição dos estacionamentos como áreas subutilizadas; Reduzir os estacionamentos ao longo das vias e convertendo este espaço para calçadas, ciclofaixas ou vias de exclusivas de ônibus. Quando não for possível retirar o estacionamento da via, que se opte pela implantação de Zona Azul, caracterizando estacionamento de alta rotatividade

⇒ Condicionar investimentos em novos estacionamentos desde que sejam estacionamentos dissuasórios - estacionamentos públicos ou privados, integrados ao sistema de transporte urbano, com vistas a dissuadir o uso do transporte individual; 

⇒ Aumento do período de funcionamento do metrô, para melhor suprir as necessidades da população e permitir o acesso a cultura e diversão, muitas vezes centralizado no Plano Piloto; 

⇒ Cancelamento imediato do projeto de estacionamento subterrâneo na Esplanada dos Ministérios; 

⇒ Manutenção da abertura do Eixão do Lazer para pessoas, independente dos jogos no Mané Garricha.

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Acesse aqui a Parte 1: MUDANÇA DE PARADIGMA DE SEGURANÇA
Acesse aqui a Parte 2: CONTROLE SOCIAL

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Tarifas e eleições...


Prazadas(os),

O IPEA divulgou um estudo sobre os efeitos sobre as tarifas ocasionado pelas gratuidades no transporte público e pelo envelhecimento da população.

SINOPSE:

A concessão de benefícios tarifários para determinados segmentos de passageiros do transporte público urbano no Brasil é altamente vinculada ao seu perfil etário – idosos, crianças e estudantes. Em geral, estes benefícios tarifários são financiados por subsídios cruzados, sendo o custo deles incorporado ao valor pago pelas passagens dos demais usuários. Tomando como estudo de caso a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), este trabalho analisa em que medida a perspectiva de envelhecimento populacional em curso na região poderá afetar o valor da tarifa cobrada no seu sistema de transporte público. As análises são feitas a partir de dados da Pesquisa Origem-Destino (OD) realizada em 2007 na RMSP e de projeções demográficas elaboradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) para 2020, 2030 e 2050. Considerando os diferentes cenários de projeção populacional, utiliza-se a técnica de padronização direta para simular as mudanças esperadas na composição das viagens do sistema de transporte, em termos de passageiros pagantes e não pagantes. Os resultados indicam que, no curto prazo (2020), o envelhecimento populacional estimado para ocorrer na RMSP teria um efeito relativamente modesto sobre o número total e a composição etária das viagens realizadas no transporte público da região. No médio e longo prazos, contudo, o aumento previsto na proporção de passageiros com gratuidades poderia ocasionar um aumento no sobrepreço da tarifa com uma elevação de seu valor em cerca de 10% e 20%, caso seja mantido este mecanismo de subsídios cruzados.

ESTUDO:



Esse estudo é interessante pois nos faz refletir sobre as questões relacionadas às gratuidades no sistema de transporte público coletivo e as tarifas aplicadas. Em meio ao período eleitoral que entraremos daqui a algumas semanas, é importante que o cidadão tenha uma noção sobre os impactos de possíveis promessas de campanha e saiba ser crítico o suficiente para identificar o que é factível e o que é conversa sem fundamento.

As tarifas serão um assunto que entrará na pauta eleitoral de 2014. A Lei da Mobilidade Urbana fala em receitas tarifárias (recursos oriundo das tarifas públicas) e outras receitas (extarifárias, subsídios orçamentários, alternativas, subsídios cruzados, etc) para custear o transporte público coletivo. Portanto, às propostas que impliquem em redução de tarifas, é importante saber as formas que viabilizarão esse benefício (saiba mais aqui). Se os recursos de subsídios saírem do próprio tesouro do DF, isso pode significar prejuízos em outras áreas como saúde, educação, segurança, cultura, etc. Agora, se a proposta prever a obtenção de recursos extratarifários, provenientes de fontes que não impactam nos cofres públicos (por exemplo da exploração das infraestruturas do sistema de transporte público), então pode ser uma proposta interessante e viável.

Além disso, é importante que a população repense as questões de gratuidades, pois também impactam sobremaneira no cálculo tarifário. Outras questões são os impostos que incidem nos custos do transporte público coletivo e a (d)eficiência operacionais do sistema.

Abraço grande e contem comigo!
Higor Guerra



Veja outras postagens sobre o assunto:
Tarifação e financiamento do transporte público urbano: Nota Técnica do IPEA
Desoneração do transporte público, é o suficiente?
Caminho para soluções em mobilidade urbana continua congestionado, por Martha Martorelli
Direito dos Usuários (Parte 1: Serviço adequado)



sexta-feira, 23 de maio de 2014

De bike ao trabalho: dicas para ciclistas e motoristas


Prezadas(os) ciclistas,

Segundo a organização Bike Anjo, o "De Bike ao Trabalho" é inspirado no "Bike To Work Day", "um evento anual realizado em vários cantos do mundo para promover a bicicleta como uma opção de transporte para o trabalho". Maio é considerado o mês da bike ao trabalho. Nessa linha e dando continuidade aos trabalhos de incentivo ao uso da bicicleta como uma opção consciente de transporte urbano, hoje vamos apresentar algumas dicas para quem vai de bicicleta ao trabalho (e também para quem vai de carro). 

Grande abraço!
Higor Guerra

Veja também neste blog:
6 dicas para você ir ao trabalho de bike!
Dia de Bike ao Trabalho


Cartilha de dicas para quem vai de bicicleta/carro


5 DICAS PARA VOCÊ QUE VAI DE BICICLETA

  1. Procure utilizar rotas alternativas, por ruas mais tranquilas, para pedalar de forma mais agradável e segura
  2. Ocupe sempre as faixas laterais da rua, no mesmo sentido dos carros, e não fique muito próximo ao meio-fio
  3. Sinalize com as mãos o que pretende fazer, para avisar aos motoristas qual a sua intenção. Fique atento, em especial, aos cruzamentos
  4. Use iluminação dianteira e traseira na bicicleta. Considere também outros equipamentos de segurança, como capacete e luvas
  5. Se não se sentir seguro em determinada via ou não aguentar uma subida, desça da bicicleta, vá para a calçada e empurre a bike até o ponto em que se sentir confortável para voltar para a via


5 DICAS PARA VOCÊ QUE VAI DE CARRO

  1. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) a bicicleta é um veículo e tem prioridade sobre o carro (art. 58 e art. 29)
  2. Ao fazer uma curva, dê primeiro passagem para pedestres que atravessam na faixa ou ciclistas que seguem na frente, sempre usando a seta para sinalizar sua intenção (art. 38)
  3. Para ultrapassar um ciclista, reduza a velocidade (art. 220) e dê distância lateral de 1,5 m do ciclista (art. 201)
  4. Preste atenção ao abrir as portas do carro para não surpreender o ciclista
  5. Usar a bicicleta como meio de transporte é contribuir na redução dos congestionamentos e da poluição, pois uma bicicleta na rua pode ser um carro a menos no trânsito. Compartilhe a via!
Acesse a cartilha com as dicas, clicando aqui.
Veja outras dicas aqui.
Conheça o De Bike ao Trabalho: debikeaotrabalho.org
Conheça a Bike Anjo: bikeanjo.com.br/
Experimente uma vida sem Trânsito! Veja o vídeo no You Tube aqui.

Ajude a divulgar!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Mila e Julinha na Capital Federal!


Pessoal,

Gostaria de divulgar o trabalho da Mila. Ela faz interessantes relatos sobre suas visitas às cidades. Ela e sua parceira (Julinha) compartilham pontos turísticos, cultura e lugares agradáveis, mostrando a realidade de quem apresenta limitações de movimentos, mas mesmo assim não mede esforços para poder curtir a vida.  Mila já relatou diversas experiências: Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, Nova Orleans etc. Veja abaixo o relato dela aqui em Brasília.

Mila, obrigado pelo apoio! Forte abraço!
Higor Guerra



Capital do Brasil e sede do governo do Distrito Federal, Brasília é considerada Patrimônio Mundial pela UNESCO devido ao seu conjunto arquitetônico e urbanístico. O “Plano Piloto” foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa e os marcantes traços arquitetônicos foram criados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Já fiz várias visitas a Brasília, sempre de carro e parando próximo aos locais que queria passear ou mesmo trabalhar. Sempre imaginei que era uma cidade boa para se viver, pois tudo é plano, espaçoso, bonito e agradável, com várias atividades culturais e um céu fantástico. Pois é, a partir do momento que coloquei um olhar acessível sobre ela, descobri que não é exatamente como pensava.




Sim, é plana, espaçosa, bonita, tem várias atividades culturais e um céu fantástico, mas para quem utiliza cadeira de rodas não é nada agradável. O fato é que se esta cidade não foi feita para pedestres, que dirá para cadeirantes! 

Monumentos, palácios, esculturas, espelhos d´água e gramados vão marcando a paisagem de longas quadras construídas na cidade. E nesses caminhos é muito difícil encontrar rampas de acesso e, quando existem, geralmente ficam de um lado só da rua, pode? 




Calçadas irregulares revestidas de pedras portuguesas, blocos de pedra e grama são bonitas de se ver, mas completamente inadequadas para cadeiras de rodas, carrinhos de bebês, patinetes e skates. Realmente não foi fácil. Meus passeios demoraram bem mais do que eu imaginava porque a maior parte do tempo tive que procurar acessos para subir e descer com a Julinha.

Brasília é uma cidade rica de arquitetura externa, passear pelas ruas é sensacional, mas vale a dica de ter paciência para se lançar por eles, é preciso calma e cuidado para se locomover! Observo que os passeios internos, e tem muita visita guiada por lá, são os mais indicados para cadeirantes.

Praça dos Três Poderes – Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional -, Catedral Metropolitana, Palácio da Alvorada, Biblioteca Nacional, Museu da República, Centro Cultural Banco do Brasil e Pontão foram meus passeios em um fim de semana ensolarado.



Continuem acompanhando meus posts que tenho muito mais coisas interessantes para compartilhar sobre os encantos de Brasília!
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Para acompanhar os posts da Milalá, acesse: http://milala.com.br/
Veja mais fotos e relatos da Mila em Brasília: http://milala.com.br/category/cidades/brasilia/
Obs.: Mila e Julinha retornarão à Brasília. Mila irá assistir um dos jogos da Copa do Mundo de Futebol. Vamos aguardar essa experiência como torcedora!

terça-feira, 20 de maio de 2014

Contribuições Rodas da Paz>> Parte 2: CONTROLE SOCIAL



Vamos dar continuidade a apresentação das contribuições da ONG Rodas da Paz para melhoria do Sistema de Mobilidade Urbana de Brasília, especialmente no que se refere ao transporte não-motorizado. A Série é composta por 5 partes, conforme os eixos propostos pelo movimento: Mudança de Paradigma de Segurança, Controle Social, Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel, Política Cicloviária e Valorização do Pedestre. Hoje vamos detalhar o Controle Social!

Lembrando que a Lei da Mobilidade Urbana prevê a gestão democrática (Lei nº 12.587/12, art. 2º). Além disso, a referida legislação ainda assegura:

"Art. 15.  A participação da sociedade civil no planejamento, fiscalização e avaliação da Política Nacional de Mobilidade Urbana deverá ser assegurada pelos seguintes instrumentos: 
I - órgãos colegiados com a participação de representantes do Poder Executivo, da sociedade civil e dos operadores dos serviços; 
II - ouvidorias nas instituições responsáveis pela gestão do Sistema Nacional de Mobilidade Urbana ou nos órgãos com atribuições análogas; 
III - audiências e consultas públicas; e 
IV - procedimentos sistemáticos de comunicação, de avaliação da satisfação dos cidadãos e dos usuários e de prestação de contas públicas/'.

Abraço grande!
Higor Guerra


Seminário Mobilidade Sustentável 
Contribuições para a elaboração do documento final – Rodas da Paz 
Brasília, março de 2014
E-Mail: contato@rodasdapaz.org.br 
 www.rodasdapaz.org.br 
Documento original

B) CONTROLE SOCIAL 

A democratização da gestão da cidade (por meio da ampliação da esfera decisória dos projetos políticos e do controle social de sua implementação) ainda é uma lacuna a ser superada pelo Governo de Brasília. Existem muitos espaços participativos, mas poucos espaços de caráter decisório de fato e pouco controle social. 

O Comitê Gestor da Política de Mobilidade por Bicicleta, assim como o Fórum de Mobilidade por Bicicleta, ainda que enquanto espaço consultivo e não deliberativo, detiveram um potencial enorme de articulação das políticas públicas de ciclomobilidade. Porém, apresentaram inúmeras fragilidades, não respondendo as demandas e expectativas da comunidade. 

⇒ É importante, assim, a criação de uma instância de coordenação e articulação da política de mobilidade urbana, orientando, supervisionando e coordenando ações das diferentes secretarias – e em conjunto com a sociedade civil. Este seria o papel do Conselho de Mobilidade e Acessibilidade, garantindo um espaço de participação nos processos decisórios, inclusive na definição das pautas da política de mobilidade; 

⇒ Tal conselho deve prever assessoria técnica independente para apoiar os conselheiros da sociedade civil e divulgação didática prévia de todo o conteúdo dos projetos discutidos; 

⇒ Órgãos como a Casa Civil devem auxiliar o gerenciarmento da política, porém, não tem competência específica para definir as normas do sistema de transito; 

⇒ As obras devem seguir padrões de qualidade e, conforme o Código de Trânsito Brasileiro, os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito devem responder, no âmbito das respectivas competências, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro; 

⇒ Informações sobre as ações do governo devem ser apresentadas de forma transparente e acessível nos canais oficiais.

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Acesse aqui a Parte 1: MUDANÇA DE PARADIGMA DE SEGURANÇA

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Trens Regionais: possibilidade de solução


Pessoal,

Segue abaixo uma matéria publicada no Blog Meu Transporte, no qual informa sobre um estudo da utilização da infraestrutura de determinadas linhas férreas feitas para atender ao transporte de cargas, mas que podem ser adequadas também para o transporte de passageiros. No dia 14/08/2013, nós apresentamos uma postagem de uma proposta de aproveitamento da linha que liga Luziânia à Brasília (relembre aqui). Atualmente, a proposta encontra-se em fase de estudos, com a autorização feita pela SUDECO que é vinculada ao Ministério da Integração Nacional. (Leia: Governo autoriza estudos para criação de trem Brasília-Luziânia).

Entretanto, o empreendimento não consta na lista do Programa Trens Regionais de Passageiros do Ministério dos Transportes, disponível no site: http://www.transportes.gov.br/index/conteudo/id/78199. Ressalta-se que a página da internet foi atualizada (12/04/2013), ou seja,  em momento anterior aos publicado na imprensa (20/01/2014).

Grande abraço!
Higor Guerra


Estudo aponta trens como alternativa
 para melhorar mobilidade urbana

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Trânsito parado, carros ocupados por apenas uma ou duas pessoas, ônibus lotados que disputam espaços nas mesmas vias utilizadas pelos outros modais de transporte. As cenas são comuns e fazem com que a mobilidade urbana seja um desafio às grandes cidades brasileiras. Para a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), uma das soluções possíveis para reverter o quadro é incentivar a reutilização do transporte ferroviário de passageiros.

O relatório Trens de Passageiros – uma Necessidade que se Impõe, lançado nesta terça-feira (29), na sede da ANTT, em Brasília, apresenta resultados de um ano de estudos do Grupo de Trabalho criado para diagnosticar a situação da malha ferroviária e propor ações para ampliar a participação dos trens no deslocamento de pessoas, no Brasil. O estudo aponta que há estruturas subutilizadas e que “é possível recuperar e reutilizar trechos para transporte de pessoas e de cargas”, disse o diretor-geral da ANTT, Jorge Bastos.

Produzido por seis subgrupos de trabalho, o relatório apresenta propostas que podem servir para a realização de políticas públicas, tanto em âmbito federal quanto estadual. Exemplo disso é a plataforma virtual que reúne informações sobre trechos de trilhos, custos financeiros e até o passo a passo de como realizar o estudo de viabilidade que é exigido pelo Ministério do Planejamento. “Com essas informações, é possível ter informações e buscar recursos para os projetos”, explicou Francisco Ferreira, um dos realizadores do protótipo, que estará disponível no site da ANTT.

Professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Nilson Tadeu Júnior, afirmou que 200 milhões de pessoas circulam pelas cidades brasileiras, todos os dias, “Mas a estrutura é basicamente a mesma de 50 anos atrás”, criticou. Ele defendeu a criação de uma empresa ou órgão para coordenar a política de transporte de passageiros e implementar a Política Nacional dos Transportes Regionais, Metropolitanos e Urbanos, já definida pelo Ministério dos Transportes. A organização poderia, dentre outras medidas, promover o desenvolvimento de tecnologias nacionais. Com a adoção dessa modalidade de transporte, o especialista espera redução da poluição e dos problemas em torno da mobilidade urbana.

O Grupo de Trabalho apresentou outras medidas como premissas institucionais para a Política de Transporte Ferroviário de Pessoas; estudo de normas técnicas; diagnóstico da Indústria Ferroviária Brasileira e das tecnologias de comunicação utilizadas tanto para as operações das empresas quanto para o contato com os usuários do transporte; além da análise da condição de trechos. De acordo com o estudo, em grande parte dos 58 trechos de ferrovias analisados, “é possível, com as reformulações necessárias, o transporte de passageiros e/ou cargas”. 

Hoje, o Brasil possui apenas três serviços regulares de transporte ferroviário regional de passageiros: entre Vitória (ES) e Belo Horizonte (MG); entre Paraupebas (PA) e São Luís (MA), conhecida como Estrada de Ferro Carajás; e de Curitiba (PR) para Paranaguá (PR). Para ampliar a oferta, o grupo propôs que o governo federal amplie os investimentos financeiros no setor. De acordo com o diretor da ANTT, ainda não há previsão de recursos para esse fim, no orçamento que vem sendo executado ou mesmo o planejado, para o ano que vem. A ideia é que o relatório embase essa decisão, bem como as que devem ser tomadas pela ANTT e pelo Ministério dos Transportes sobre a utilização das ferrovias para transporte de pessoas.

Informações: Agência Brasil
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sexta-feira, 16 de maio de 2014

6 dicas para você ir ao trabalho de bike!



Estimadas(os),

No dia 09/05/2014 postamos a matéria "Dia de Bike ao Trabalho" (confira aqui). Vamos divulgar algumas dicas da organização Bike Anjo para usuários que utilizam (ou pretendem utilizar) a bicicleta como meio de transporte.

Forte abraço!
Higor Guerra

Primeiros passos para ir DE BIKE AO TRABALHO

PASSO 1: DEIXE SUA BIKE NO PONTO. Garanta que os freios, câmbio, corrente e pneus estejam bem regulados. Para ter mais conforto, equipe a bicicleta com bagageiro. E não se esqueça das luzes traseira e dianteira!

PASSO 2: PLANEJE SUA ROTA. Monte seu trajeto ao trabalho por caminhos alternativos às vias principais. Pratique no fim de semana e participe de pedaladas em grupo para ganhar preparo.

MORA MUITO LONGE? Pense na integração com o transporte público, fazendo apenas uma parte do trajeto de bicicleta e o restante de ônibus, trem ou metrô. Uma bicicleta dobrável pode ser uma boa opção para isso.


PASSO 3: CONSULTE NO SEU TRABALHO. Pergunte na sua empresa se tem onde deixar a bicicleta e, caso não houver, tente mostrar os benefícios de estimular essa prática e mande nossa carta de apoio ao ciclista: debikeaotrabalho.org/comoaderir. Não conseguiu mesmo assim? Procure um local próximo onde possa estacionar sua bike com segurança.

PASSO 4: PREPARE A MOCHILA. Sempre tenha água e uma capa de chuva para os momentos inesperados. Para não transpirar tanto, use uma roupa leve e na mochila coloque a roupa de trabalho e uma toalhinha. (Dica: coloque dentro de uma pasta para não amassar) 

PASSO 5: PEDALE COM TRANQUILIDADE. Opte por horários mais cedo, quando o trânsito está mais calmo e o sol mais fraco. Não tenha pressa – você vai chegar mais rápido e irá transpirar menos. À noite, não esqueça de sempre manter as luzes dianteira e traseira da bicicleta acesas.

PASSO 6: SE ENVOLVA! Conheça organizações, coletivos, movimentos ou passeios ciclísticos para se juntar a outras pessoas que pedalam por aí. Conheça nossos parceiros: debikeaotrabalho.org/parceiros/

Acesse a cartilha com as dicas, clicando aqui.
Veja outras dicas aqui.
Conheça o De Bike ao Trabalho: debikeaotrabalho.org
Conheça a Bike Anjo: bikeanjo.com.br/
Experimente uma vida sem Trânsito! Veja o vídeo no You Tube aqui.

Ajude a divulgar!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Só faixa de ônibus basta?


Prezadas(os),

Aqui no blog sempre defendemos a importância da realização de um bom e adequado planejamento antes de sair investindo os recursos públicos. No dia 24/04/2014, nós relatamos uma experiência desastrosa da circulação viária nas proximidades do Setor Hospitalar Sul (relembre, clicando aqui), o que gerou consequências negativas principalmente na faixa "exclusiva" de ônibus.

As soluções para o trânsito, transporte ou mobilidade urbana não são tão fáceis como parecem. É fundamental a realização de um diagnóstico preciso, simulações e medidas certeiras, que inclusive podem implicar em soluções estruturantes.

Sugiro a leitura de duas matérias publicadas pela Mobilize Brasil sobre a implantação de faixas exclusivas de ônibus em São Paulo. Será que a simples pintura no asfalto definindo o espaço exclusivo dos ônibus é suficiente (e eficiente) para solucionar o sistema de transporte público coletivo? Quais são os impactos dessa medida? Durante a leitura dos textos busque refletir sobre as vantagens e desvantagens da implantação de faixas exclusivas para o ônibus em Brasília (ex.: vias W3 e do Setor Policial Sul). Seguem os links das matérias e boa leitura:



Forte abraço!
Higor Guerra

terça-feira, 13 de maio de 2014

Contribuições Rodas da Paz>> Parte 1: MUDANÇA DE PARADIGMA DE SEGURANÇA


Prezadas(os),

Semana passada publicamos a matéria o "Dia de Bike ao Trabalho", no qual abordamos algumas iniciativas de movimentos aqui do DF na área da mobilidade urbana. Na ocasião, nós citamos as contribuições da ONG Rodas da Paz, sem contudo detalhar. Pois bem, vamos conhecer essas ricas contribuições que estão sintonizadas com as boas práticas aplicadas em outras cidades e também com as diretrizes da Política Nacional da Mobilidade Urbana. Vamos apresenta-las em cinco postagens, conforme os eixos propostos: Mudança de Paradigma de Segurança, Controle Social, Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel, Política Cicloviária e Valorização do Pedestre. Segue o texto introdutório apresentado na Câmara Legislativa do DF e o primeiro eixo.

Abraços,
Higor Guerra


Seminário Mobilidade Sustentável 
Contribuições para a elaboração do documento final – Rodas da Paz 
Brasília, março de 2014
E-Mail: contato@rodasdapaz.org.br 
 www.rodasdapaz.org.br
Documento original 

A Rodas da Paz participa e apoia os debates com organizações e parlamentares que atuam no campo da mobilidade urbana sustentável. Participamos destes processos enviando contribuições, estimulando a participação cidadã, produzindo informações e marcando presença também em audiências e reuniões governamentais. 

Com a intenção de contribuir com o debate sobre o planejamento urbano e mobilidade sustentável de Brasília e garantir a melhoria das condições de mobilidade na cidade, apresentamos algumas considerações e propostas para serem debatidas no presente seminário na Câmara Legislativa do DF, em especial no que se refere à atenção aos pedestres e ciclistas. Dividimos as propostas em cinco grandes eixos. As propostas podem compor total ou parcialmente o documento final, estando abertas a discussão. 

Vale ressaltar que muitas propostas colocadas aqui estão previstas nas legislações que tratam sobre Mobilidade e trânsito, como a Lei da Mobilidade (lei 12.587/12), o Código de Trânsito Brasileiro (lei 9.503/97) e a Lei sobre Paraciclos (lei 4.800/12). 


A) MUDANÇA DE PARADIGMA DE SEGURANÇA 
O ponto central das propostas apresentadas pela ONG Rodas da Paz é de que é preciso uma mudança de visão, sobretudo dos gestores da política pública, que supere o paradigma do automóvel, e que considere os modos ativos (não motorizados) como padrão possível e viável de mobilidade. Essa visão requer atenção especial a aspectos culturais, afetivos e educativos, e de uso dos espaços públicos, que hoje demarcam os territórios urbanos com novas práticas sociais. É preciso compreender que a rua não é apenas um lugar de trânsito e passagem, mas também de parada, de convivência e de criação de vínculos sociais e de identidade. Por isso, as políticas de mobilidade devem ser coordenadas entre si e com outras políticas urbanas e não fragmentadas. 

Para combater de forma eficiente a insegurança no trânsito deve-se focar em reduzir a quantidade e a velocidade dos automóveis, que são os principais fatores responsáveis pela violência no trânsito. As soluções, assim, não devem criar limites e barreiras que restrinjam as possibilidades de movimento e de interação de pedestres e ciclistas; 

⇒ Reduzir o limite de velocidade das vias urbanas para redução das mortes no trânsito, com ampliação das “zonas 30km/h” dentro de bairros e áreas escolares e instalação de dispositivos como balões, lombofaixas, sinalização horizontal e outras medidas de moderação de tráfego; 

⇒ Implantar ruas de pedestre nas áreas centrais\comerciais, retirando espaço utilizado como estacionamento gratuito para requalificar o território, começando pela plataforma superior da Rodoviária do Plano piloto, pelos Setor Bancário, Setor Comercial e Setor de Autarquias Norte e Sul;  

⇒ Implementação de novas Ruas de Lazer no DF, inspiradas no Eixão do Lazer, em especial em RAs que já contaram com ruas de lazer na década de 80 (Planaltina, Taguatinga, Gama e Brazlândia); 

⇒ Realizar programas amplos de educação nas escolas para as crianças e jovens até a auto-escola. 
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segunda-feira, 12 de maio de 2014

De olho em 2020: Necessidade de multi centros no DF e Entorno




Prezadas(os),

Um grande problema que enfrentamos na mobilidade urbano é o fato de termos muitas pessoas indo para os mesmos lugares ao mesmo tempo. O ser humano necessita realizar atividades que dependem de seus deslocamentos no espaço. Essas atividades são trabalho/emprego, saúde, escola, serviços gerais etc.

Polos Geradores de Tráfego

A Figura 1 apresenta um mapeamento dos Polos Geradores de Tráfego do Distrito Federal, mostrando a grande influência da Região Administrativa de Brasília, o que demanda viagens de cidadãos de todo DF à área central. Muitas atividades são largamente oferecidas no centro da Capital Federal ao passo que nas cidades-satélites e cidades do entorno predominam a carência de muitos serviços/bens públicos e privados. Taguatinga é uma das raras exceções.

Hospitais e escolas privadas são mais facilmente encontradas no Plano Piloto. Edificações destinadas a atividades culturais e de lazer dificilmente se encontram nas cidades-satélites e entorno. Verifica-se até mesmo a ausência do poder público em determinadas Regiões Administrativas como é o caso da inexistência de escolas públicas em Águas Claras.

Este quadro do uso do solo no DF gera excessiva dependência de toda cidade em relação ao centro (Plano Piloto), o que contribui para a realização de deslocamentos de longa distância, normalmente feitos por veículos particulares (o que gera congestionamentos e insuficiência de vagas de estacionamento) ou por (insatisfatórios) serviços de transporte público coletivo.

Figura 1: Polos Geradores de Tráfego

Concentração de empregos

Segundo o Plano Diretor de Transporte Urbano do DF (PDTU), a Região Administrativa de Brasília concentra 37,4% dos empregos oferecidos em 2010 a região do Distrito Federal e Entorno. Se considerarmos o Centro Expandido (Brasília, Cruzeiro, Sudoeste/Octogonal, Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante, e Lagos Sul e Norte), alcança o percentual de cerca de 46,7%. Lembrando que esse centro expandido não representa nem 10% do total da população do DF e municípios do entorno.

Linhas de desejo

Outra forma de "enxergar" essa dependência da área central do DF é por meio das linhas de desejo (PDTU, páginas 65, 66 e 67), que são montadas a partir das matrizes origem-destino. Elas representam as necessidades (desejos) dos usuários em acessar determinadas áreas para realização de alguma atividade (escola, trabalho, lazer etc). As figuras abaixo mostram os relacionamentos (ou necessidades de deslocamentos) entre as cidades. Notem dois pontos: são representadas apenas as linhas a partir de um patamar (acima de 5.000 viagens, por exemplo) e quanto mais grossas as linhas maior a relação de viagens.

Figura 2: Transporte Público Coletivo - Situação 2009

Figura 3: Transporte Individual - Situação 2009

Figura 4: Transporte Público Coletivo - Pico da Manhã - 2010


Figura 5: Transporte Individual - Pico da Manhã - 2010



Perspectivas para 2020

O PDTU traz simulações para 2020. Ele considera dois tipos de cenários econômicos: tendenciais (com curva de crescimento ascendente: taxa média de crescimento econômico de 2,9%) e exploratórios (com estabilização econômica). 

Não sou especialista em economia, mas pelo que acompanho os noticiários, se não forem tomadas determinadas medidas econômicas, o cenário tipo tendencial pode ser considerado demasiado otimista. De toda forma, quero apresentar os resultados alcançados no PDTU (página 94) por esses cenários tendenciais (que preveem a criação significativa de empregos):

- Brasília detém 37,4% dos empregos oferecidos em 2010 na região do Distrito Federal e Entorno, em 2020 passa a 34,9%;
- Centro Expandido: a proporção da concentração de empregos cai de 46,7% em 2010 para 43,6% em 2020;

Percebe-se que o centro da Capital Federal não irá perder seu status de grande pólo gerador de tráfego (veja as Figuras 6 e 7); entretanto, os resultados mostram que é possível descentralizar as atividades (ou reduzir a dependência excessiva) em relação ao Plano Piloto, especialmente nos eixos sul e oeste da cidade, minimizando os impactos negativos projetados para 2020 na mobilidade urbana.

Figura 6: Transporte Público Coletivo - Pico da Manhã - 2020

Figura 7: Transporte Individual - Pico da Manhã - 2020


Conclusões

Diante dessas análises e projeções, quero alertar para o seguinte: é fundamental que a próxima gestão governamental se atente para a necessidade de descentralizar as atividades do Plano Piloto. É fundamental a criação de um programa de incentivos que possibilite o pleno desenvolvimento econômico, social, cultural e ambiental das cidades-satélites. Neste contexto, o Sistema de Transporte Público pode agir como um forte indutor desse processo, contribuindo na orientação o desenvolvimento urbano. Como diretriz da exploração desse potencial, é interessante observar as premissas usadas nas simulações feitas (PDTU, página 83):

- Desenvolvimento de subcentros, por conta de projetos implantados pelo poder público como as Áreas de Desenvolvimento Econômico;
- Concentração de áreas de comércio e serviços em pontos de transbordo do sistema metroviário ou de transportes coletivos;
- Desenvolvimento de subcentros em trechos específicos ao longo de corredores de transportes;
- Compactação dos subcentros de Taguatinga, Guará, Gama, Sobradinho e Ceilândia, que passarão a exercer maior influência na oferta de empregos;
- Formação de novos centros de emprego na área do Centro Administrativo do Distrito Federal e de
outros empreendimentos, como o campus da Universidade de Brasília;
- Continuidade de concentração de atividades terciárias na Área Central de Brasília".



Por uma melhor cidade e uma melhor mobilidade urbana, contem comigo!
Forte abraço,
Higor Guerra

domingo, 11 de maio de 2014

Homenagem às Mães


Ser mãe é ser responsável por ensinar os primeiros passos da vida a seus filhos...
Passos que não limitam ao movimento coordenado e equilibrado do corpo...
Mas também os passos da formação de cidadão de bem...
Que, quando adulto, o filho necessitará enfrentar um mundo cheio de obstáculos...
Obstáculos físicos da circulação urbana e obstáculos à moral e ética...

Ser mãe é ser responsável por ensinar os caminhos corretos da vida a seus filhos...
Caminhos que não limitam as rotas mais curtas e rápidas das ruas de uma cidade...
Mas também os caminhos que levam ao reconhecimento de cidadão de bem...
Que, quando adulto, o filho necessitará enfrentar um mundo cheio de opções...
Opções na escolha de vias urbanas e opções de vias (i)morais e (anti-)éticas...

Ser mãe é ser responsável por ensinar o destino a ser alcançado na vida a seus filhos...
Destino que não se limita ao lugar físico em uma cidade...
Mas também o destino maior que um cidadão de bem deve alcançar...
Que, quando adulto, o filho necessitará enfrentar um mundo cheio de destinos...
Destinos físicos de um ambiente urbano e destinos que satisfazem o ser humano: ser moral e ético. 

Feliz dia das mães!
Higor Guerra

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Dia de Bike ao Trabalho




Maio é o mês da bicicleta, comemorado em todo mundo, e hoje (09/05) é o dia escolhido para ir de bike ao trabalho (confira a reportagem clicando aqui). Nesse espírito, vamos hoje dedicar uma matéria às questões relacionadas ao transporte por bicicleta.

Apresentação Rodas da Paz

Ontem eu participei do GT de Mobilidade do Movimento Nossa Brasília. A ONG Rodas da Paz, por meio do seu Presidente Jonas Bertucci, fez uma rica e qualificada apresentação sobre o transporte por bicicleta no Distrito Federal, apresentando diagnósticos, gráficos, avaliações das ações governamentais, políticas públicas, boas práticas de outras cidades, entre outros. 

Além da apresentação, o tema foi debatido em profundidade entre pessoas que vivenciam o transporte por bicicleta. Destaco a questão de implantação de uma política pública que trate o transporte por bicicleta como uma alternativa de deslocamento urbano (saudável, seguro, sustentável e ágil), no qual o cidadão consiga de fato cumprir uma viagem desde sua origem até o seu destino. O planejamento integrado, repensando e priorizando o transporte não motorizado, é fundamental na construção de uma nova ordem de circulação no espaço urbano. 

É muito raso tratar o assunto simplesmente com a implantação de infraestrutura. Assim, os parâmetros a serem utilizados na política de transporte por bicicleta não deveriam se ater  apenas a questões relacionadas à quilometragem de ciclovias implantadas, mas também considerar o número de usuários que utilizam a bicicleta, estatísticas de segurança viária, dados sobre qualidade do ar, entre outros.

Interessante também é o documento com contribuições do Rodas da Paz no Seminário Mobilidade Sustentável  promovido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal. Trata-se de propostas que são divididas em 5 eixos (no qual aprofundaremos em outra oportunidade):

  • Mudança de Paradigma de Segurança
  • Controle Social
  • Transporte Público e Desestímulo ao Uso do Automóvel
  • Política Cicloviária
  • Valorização do Pedestre

Leis Distritais

Segue uma lista de leis distritais sobre o sistema cicloviário do DF:
  • Lei nº 3.885, de 07 de julho de 2006, no qual "assegura, na forma que especifica, política de mobilidade urbana cicloviária de incentivo ao uso da bicicleta no Distrito Federal, e dá outras providências".

Guia com informações para pedalar nas cidades brasileiras

Por fim, aproveito também para divulgar o Guia Bicicletando, no qual é possível encontrar várias informações para pedalar nas cidades brasileiras: http://www.bicicletando.com.br/guia/.

Espero ter contribuído e contem comigo!
Forte abraço,
Higor Guerra