terça-feira, 15 de julho de 2014

P Sul


Amigas(os),

Continuando nossa caminhada pelo DF, no último domingo (13/07) nós fomos ao Setor P Sul, em Ceilândia. Conversamos com alguns moradores do setor. O Sr. Adauto disse que ajudou a fundar o P Sul em 1978. Disse que até hoje o setor é muito carente em diversas áreas, inclusive na mobilidade urbana.

Muitos moradores do P Sul necessitam ir com frequência ao centro de Ceilândia, Taguatinga ou ao Plano Piloto para realizarem suas atividades. Giovaneo e Shirlei informaram que já há congestionamento na região, especialmente na Via Estádio que liga Ceilândia ao Centro de Taguatinga.


Previsão de rampa de acessibilidade, mas ainda sem calçada

Fomos conhecer a Via P 2, uma avenida larga com duas faixas de rolamento por sentido e um canteiro central com árvores. Perguntei aonde havia um ponto de ônibus. Disseram-me: "Ali na esquina tem um". Eu voltei a perguntar: "Aonde?". Responderam-me: "Ali, junto ao poste de luz". Não vi! Depois me esclareceram, que "não há abrigo e nem placa, só quem é daqui que sabe aonde os ônibus param" :0.  Abrigos de ônibus só existe nas entrequadras.

Calçadas descontínua

No canteiro central da Via P 2, ora tem calçada, ora não tem. Ao longo do canteiro central, nos retornos, encontramos meios-fios rebaixados, indicando uma vontade de se fazer acessibilidade por ali, mas na prática não havia nem mesmo a calçada. 

Canteiro Central da Via P2: sem acessibilidade

Fomos para o tal "ponto de ônibus" (só acreditei mesmo quando vi pessoas ali esperando o ônibus perto do poste). Curioso é que do outro lado da via, na outra esquina, perto de outro poste, havia mais um "ponto de ônibus". 

Aproveitei para conversar com aqueles usuários. Havia duas mães, uma com um carrinho de bebe e outra com um bebe no colo. Perguntei quais eram os maiores problemas em andar de ônibus levando os pequenos com elas. Elas me disseram que eram acessar o ponto de ônibus e entrar nos veículos, pois precisavam subir as escadas e achavam perigoso fazer isso com os bebes. A incerteza sobre quando o ônibus iria passar também incomodava. O pessoal também me reclamaram dificuldades em atravessar a Via P 2 para ir do outro lado, pois o canteiro central não era acessível. 

Finalmente chegou o ônibus de alguns deles. A mãe com o bebe no carrinho teve que esperar mais um pouco.

Referência do Ponto de Ônibus: É o poste da esquina


Ônibus no "ponto de ônibus"

Ontem falamos da experiência no Sudoeste. Por lá, ao menos temos abrigos para o ser humano. No P Sul, nem isso. Informação ao usuário? Esquece. Só perguntando para os moradores e comerciantes mesmo.

Hoje muitas autoridades que tomam decisões importantes sobre os investimentos em transporte público sequer utilizam o sistema. Inclusive, algumas dessas autoridades contam com motoristas para se deslocarem na cidade, ou seja, nem dirigem seus carros.

É preciso se colocar no lugar do usuário antes de tomar uma decisão governamental. É preciso ouvír os usuários e a comunidade. É preciso realizar investimentos em mobilidade e requalificar os espaços urbanos, conferindo maior dignidade ao ser humano que por ali circula.

Além disso, a integração de políticas públicas pode potencializar os recursos públicos investidos. Assim, no P Sul, por exemplo, é possível investir em mobilidade urbana e, consequentemente, melhorar o comércio local e os serviços públicos básicos (saúde, educação, segurança pública etc).

Vamos repensar nossa cidade! Vamos construir juntos a cidade que queremos! Brasília Sustentável, Acessível, Democrática e Humana.

#NovaPoliticaDeMobilidadeUrbana

Um Forte Abraço!
Higor Guerra

A Seção "EXPERIÊNCIAS DE UM CANDIDATO" traz matérias especiais sobre a realidade de muitas áreas urbanas do DF e entorno. Higor Guerra é candidato a Deputado Distrital e está aproveitando esta oportunidade para apresentar soluções concretas (saiba mais). Conheça a sua plataforma política em www.acreditabrasilia.com.br
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