sábado, 31 de maio de 2014

Maio Amarelo e as tristes lembranças de um acidente



Prezadas(os),

Iniciamos o mês aderindo ao Movimento Maio Amarelo (relembre aqui), que visa estimular medidas coordenadas com o intuito de reduzir o número de acidentes e a gravidade. Hoje, no último dia de maio, vamos comentar um acidente fatal que ocorreu em Águas Claras justamente no dia das mães, acabando com uma família. A matéria é do Correio Braziliense e se encontra abaixo.

Trata-se de mais dor na nossa sociedade devido a um acidade de trânsito, ocasionado por uma pessoa que resolveu dirigir bêbado e em alta velocidade. É mais uma família que amargura a perda inesperada de pessoas queridas. É mais uma família que se acaba de forma inesperada, encerrando sonhos e planos. Aonde vamos parar?

E o que fazer para reduzir os acidentes? Basicamente nossos governantes têm o dever de garantir/promover: 1) vias adequadas, sinalizadas, seguras e fiscalizadas; 2) veículos aptos à circulação, mediante fiscalização rigorosa, e com dispositivos de segurança; e, 3) maior conscientização dos usuários e rigor na aplicação de penalidades com aqueles que insistem em infringir o Código de Trânsito Brasileiro. Além disso, temos (nós sociedade) que nos conscientizar sobre a necessidade de respeitar as leis de circulação e exigir uma postura adequada dos nossos representantes políticos sobre o assunto.

Na área do acidente, houve o fechamento do cruzamento, impedindo a conversão à esquerda. Realmente aquela conversão era inapropriada, pois não permite uma adequada visualização dos veículos que trafegam no sentido oposto da via.

Agora é preciso que a justiça seja feita. Entretanto, infelizmente, não há nenhuma ação que possa ser feita de forma a recompor essa família.

O mês de maio está acabando, mas nossa luta pela paz no trânsito continua! Vamos juntos!

Um grande abraço!
Higor Guerra

Veja como foi o acidente que matou 
mãe e filha em Águas Claras

Flagrado pelo teste do bafômetro, o responsável pela tragédia acabou preso - ele estava com habilitação suspensa. Justamente por dirigir bêbado


Thiago Soares
Publicação: 12/05/2014 09:39 Atualização: 13/05/2014 00:03
Veja a matéria original, clicando aqui.

Enquanto várias famílias comemoravam o Dia das Mães, uma sofria com a irresponsabilidade no trânsito. A jornalista Alessandra Tibau Trino Oliveira, 33 anos, e a filha, Júlia Trino Oliveira, de 1 ano e meio, morreram após uma picape bater no veículo em que seguiam com Gabriel Faria de Oliveira, 31, marido e pai das vítimas. O condutor da Saveiro, Rafael Yanovich Sadite, 33, além de dirigir em alta velocidade numa via de 60km/h, estava embriagado, conforme resultado do teste do bafômetro - ele estava com a Carteira Nacional de Habitação (CNH) suspensa. O Correio apurou que o condutor perdeu temporariamente a licença justamente por dirigir bêbado em 2010. O enterro das duas será realizado hoje no Cemitério Campo da Esperança. 

O acidente aconteceu por volta da 1h de ontem. A família havia saído de um encontro com parentes no Park Way e voltava para casa, na Quadra 21 de Águas Claras. O corretor de imóveis Gabriel conduzia um Honda Fit pela DF-079, quando passou pelo cruzamento que dá acesso à via de entrada da cidade, na Quadra 5 do Park Way, próximo ao viaduto localizado embaixo da linha do metrô. Ali, o veículo foi atingido pela Saveiro. Com o forte impacto, o Fit capotou. A picape parou a cerca de 80m do ponto da colisão.

O Corpo de Bombeiros prestou atendimento, mas Alessandra morreu no local. Júlia, então em estado grave, e Gabriel foram encaminhados para o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF). A criança, porém, não resistiu aos ferimentos. O pai teve duas costelas quebradas e ferimentos no rosto. Recebeu alta médica horas depois, e está sob os cuidados de familiares na casa da mãe. Ele chegou a atender uma ligação do Correio, mas, em estado de choque, não teve condições de falar. “É um momento de muita dor, mas a nossa intenção é que os motoristas tomem consciência na hora de pegar o volante. Quando alguém bebe e vai dirigir, está automaticamente dispondo a tirar a vida de alguém. Não vamos trazer elas (mãe e filha) de volta com isso, mas queremos que as pessoas se conscientizem”, disse Ana Carolina Andrade, 29 anos, prima de Alessandra.

Rafael Sadite teve apenas escoriações leves. Recebeu atendimento no Hospital Regional de Taguatinga, onde foi preso em flagrante por agentes da 21º Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul). Ele prestou depoimento e foi indiciado por duplo homicídio doloso e uma tentativa de homicídio dolosa. A Carteira Nacional de Habitação (CNH) dele estava suspensa. O Correio apurou que o condutor perdeu temporiamente a licença justamente por dirigir bêbado em 2010.

Leandro Yanovich Adão, primo de Rafael, estava no banco do carona da Saveiro e quebrou as pernas. Foi levado para o HBDF.

Sorriso
Gabriel e Alessandra se conheciam havia oito anos. Ela morava no Rio de Janeiro e, ao visitar Brasília, foi apresentada ao corretor de imóveis. Ter um filho era o sonho do casal, que planejava aumentar a família desde o casamento, há dois anos. Segundo os parentes, antes do nascimento de Júlia, a jornalista sofreu um aborto. Em 2012, engravidou novamente, e nasceu a Princesinha, como era chamada pelos mais próximos. “Ela era uma criança extremamente alegre e amada por todos. Era impossível não se contagiar com o sorriso dela”, contou Ana Carolina.

Há um mês, a menina atuou como dama de honra no casamento da prima. “Estamos todos sentidos, as duas (mãe e filha) eram verdadeiras companheiras”, comentou. O velório está previsto para hoje, a partir das 8h, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul.




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