segunda-feira, 7 de abril de 2014

Por que o usuário do metrô tem que ser prejudicado?

 
Duas certezas na vida do brasiliense: a primeira é que um dia vai partir desta vida para uma melhor; e, a segunda é que ao menos uma vez por ano vai ter greve dos metroviários. Por que o usuário do metrô tem que sair prejudicado em um assunto que nem compete a ele resolver? Entre as reivindicações estão melhores condições de trabalho, redução de carga horária, acertos trabalhistas, além do sempre presente aumento salarial. Sinceramente, não vou entrar nessa discussão até porque o assunto trabalhista não é objetivo deste blog.
 
Entretanto, não há como fechar os olhos para o fato da gravidade que essa greve gera na mobilidade urbana. São cerca de 150.000 passageiros prejudicados. Muitos desses passageiros desistem de pegar o metrô e realizam suas viagens de carro, aumentando ainda mais o número de veículos na cidade, consequentemente gerando mais congestionamentos, mais estresses etc. Outros optam pelo caótico sistema de ônibus e alguns vão no aperto dos pouquíssimos trens que circulam (por força de atendimento de um quantitativo mínimo de frota).  
 
Na briga travada entre o governo e o sindicato dos metroviários, o único que não tem nada ver com o assunto é o usuário, mas é ele quem sempre sofre as principais consequências. Dizem que o Poder Judiciário existe para fazer justiça. Então, em uma primeira análise, por que o usuário precisa ser penalizado se ele não tem absolutamente nada haver com os impasses gerados entre governo e sindicalistas?
 
Outra questão que não entendo: por que estão fechando estações para o embarque? O sistema de metrô não é um bem público para uso coletivo? Por que o cidadão de bem não pode acessar determinadas estações?
 
Acredito que temos que rever todas essas questões, sob a ótica do usuário. Enquanto não temos um espaço apropriado para esse debate, vamos aguardar o que a justiça decide com esse impasse. Só espero que a sentença não prejudique o usuário que paga pela prestação do serviço.
 
Abraços,
Higor Guerra.

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