sexta-feira, 27 de setembro de 2013

US$ 42 milhões em investimentos em mobilidade urbana no DF


O Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID irá investir um pacote de US$ 42 milhões na mobilidade urbana do Distrito Federal nos próximos 15 meses, conforme anúncio do Governo do Distrito Federal*. Os recursos representam 24% do valor total do empréstimo do BID ao GDF, que totalizam US$ 175,75 milhões. 

A finalidade deste pacote é a modernização e integração do transporte público. A conclusão das benfeitorias está prevista para o ano que vem. Os recursos serão investidos em:

  • Terminais: Reformas de 12 terminais de ônibus, construção de 9 novos terminais (Gama, Brazlândia, Riacho Fundo I e II, São Sebastião entre outros);
  • Ciclovias: Construção de 70 km de ciclovias;
  • Modernização e Integração do transporte público coletivo (especialmente nas linhas que operam o Eixo Ceilândia-Taguatinga-Plano Piloto);
  • Obras complementares na EPTG: construção de passarelas, acabamento da rede de drenagem, alargamento de ponte entre outros serviços de menor porte.

Os outros 76% já foram aplicados na ampliação da EPTG. Por se tratar de recurso oneroso (empréstimo), o GDF terá 20 anos para quitar a dívida com o BID.

Vale comentar que o projeto da nova EPTG (na época de sua ampliação conhecida como linha verde) nunca foi concluído, ficando para trás importantes execuções como a construção de algumas passarelas e o devido alargamento das pontes. Pior que isso, é ver significativos recursos financeiros aplicados na faixa exclusiva de concreto destinada ao transporte público coletivo, sem que esta fosse efetivamente explorada com a circulação em massa de ônibus.

Como visto, desse recurso total do BID (US$ 175,75 mi), apenas 76% foram utilizados na ampliação e implantação de faixas exclusivas de ônibus na EPTG. Por que só agora estão sendo investidos os outros 24% de forma a proporcionar a entrega definitiva da EPTG? Segundo a matéria* que inspirou esta postagem, houve "contratempos do governo anterior". Enquanto se corrigiam esses contratempos  o usuário do transporte público teve que conviver com soluções precárias a exemplo da adoção das linhas semi-expressas, uma vez que não havia ônibus com porta a esquerda que pudessem operar (embarque e desembarque de passageiros) no corredor central (faixa exclusiva junto ao canteiro central). 

Infelizmente existe no Brasil uma prática de inauguração de empreendimentos em infraestrutura sem necessariamente estarem concluídos**. Assim, há inversão dos papéis: primeiro se inaugura e depois se conclui.

Precisamos estar atentos a essas "inaugurações"! Merecemos empreendimentos entregues efetivamente concluídos e em perfeito estado de funcionamento!

É isso pessoal! Bom fim de semana!


*Informação obtida do Jornal Alô Brasília, de 27/09/2013 (Ano 6, nº 1.215)
**Clique aqui e veja a matéria do CorreioWeb na época da nova EPTG quando foi declarada "pronta"

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